NO PARÁ, A PARALISAÇÃO DOS PROFESSORES CONTINUA
Há dois meses longe das salas de aula, uma certeza: a greve dos
professores continua. Na manhã de sexta feira, 22, na Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Deodoro de Mendonça, localizada na avenida Governador José
Malcher, ocorreu mais uma assembleia para deliberar as ações da categoria, e
decidiram por manter a paralisação. Na próxima segunda-feira, os educadores
programaram um ato em frente ao Ministério Público do Estado e a próxima
assembleia geral vai acontecer no dia 27.
Professores de diferentes
localidades defenderam as posições adotadas nas próximas semanas. “Não há
ilegalidade na greve. O governo descontou dos salários dos professores. Claro
que falta muito para melhorar. Uma parte dos professores já voltou. Está muito
dividido. Não dá para sair da greve e mostrar estratégias. Ele (governo) não
está de cara boa para o movimento. Estão fazendo o jogo que eles querem”, diz o
professor de história, Jorge Goes, 43 anos.
Em Outeiro, o professor
Washington Azevedo, 42 anos, relata que as instituições de ensino estão paradas
em função do sucateamento. “Onde eu trabalho era um antigo motel que foi
adaptado para escola. As salas são quentes. Essa situação de descaso, de
retirar os direitos trabalhistas, me fortalece a continuar na greve”, frisa.
Na quinta-feira, 21, a
coordenação Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará (Sinteep)
foi ao Ministério Público Estadual (MPE) protocolar representação contra a
Secretaria de Administração (Sead) e a Secretaria de Educação (Seduc), junto à
Promotoria de Justiça dos Direitos Constitucionais Fundamentais e dos Direitos
Humanos.
O sindicato pede
providências ao MPE para cobrar do governo os descontos nos contracheques dos
professores. Para a categoria, a decisão judicial do governo fere o direito
constitucional de greve e afeta pedagógica e qualitativamente o processo de
ensino dos alunos.
Fonte/Foto: Díário
do Pará/Bruno Carachesti
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