ASSUNTO ATUALÍSSIMO, EM SANTARÉM-PA EVENTO DISCUTE SOBRE REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
Evento iniciou na
segunda-feira (25) e continua nesta terça-feira (26).
Tema divide opiniões da
população.
Os impactos da redução da
maioridade penal na sociedade contemporânea estão sendo discutidos em
mesas-redondas realizadas no auditório Pérola, no campus Amazônia, da
Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). O evento iniciou na
segunda-feira (25) e continua nesta terça-feira (26), com participação de
representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público
Federal (MPF), Pastoral do Menor, Conselho Tutelar, Fundação de Atendimento
Socioeducativo do Pará (Fasepa) e universidades.
As pessoas favoráveis à
redução da maioridade penal entendem que os adolescentes de 16 e 17 já têm
discernimento suficiente sobre seus atos e podem pagar pelos crimes como
adultos. O autônomo Francinei Souza é a favor da mudança. “Tem muito jovem que
se acha amparado pela lei para cometer ato infracional e às vezes acaba se
apoiando nisso e fazendo o que não deve”, explica
Já a autônoma Niziane
Andrade, é contra a redução da maioridade, porque acredita que os jovens
estarão mais expostos no ambiente prisional. “Eu não concordo porque o
adolescente não tem maturidade suficiente para lidar com um lugar onde não
acontece nenhuma ressocialização, que é a cadeia”, rebate.
O evento realizado na
Ufopa tem o objetivo de esclarecer sobre o assunto. “A proposta desse seminário
é o conhecimento desse tema para toda a sociedade para informar sobre a redução
da maioridade penal”, destaca uma das coordenadoras, Fabiane Miranda.
No primeiro dia de
mesa-redonda, o representante da OAB, Carlos Mota, falou dos impactos na sociedade,
caso o projeto de lei que prevê a redução de 18 para 16 anos, seja aprovado
pelo Senado.
O representante da
Pastoral do Menor, Kennedy Harilae, defende que a educação é a melhor
ferramenta para combater a criminalidade. “Na realidade a solução é escola e
educação acima de tudo, e um trabalho com toda a sociedade, porque uma vez que
eu digo que um menino está cometendo um ato infracional, eu não estou levando
em consideração a condição social desta criança ou adolescente, então o que é
preciso são políticas públicas sérias e que realmente se faça cumprir a lei,
que já
existe, que é o Estatuto
da Criança e do Adolescente [ECA], só precisamos fazer que realmente seja
cumprido”, conclui.
O projeto de lei que prevê
aos infratores de 16 e 17 anos as mesmas punições que podem ser aplicadas aos
maiores de 18 já foi aprovado pela
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, mas ainda falta ser aprovado pelo
Senado.
Fonte: G1 Santarém


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