POLÍCIA CRÊ QUE 'CANSAÇO E FOME' FARÃO ASSALTANTES DO BASA SE ENTREGAREM
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Parte do dinheiro foi recuperado e levado pelas polícias civil e militar. |
COE, NAI com apoio da PF e grupamento aéreo buscam a
quadrilha.
Criminosos fugiram para mata no KM 235 após assaltar
banco em Placas.
A Companhia de Operações
Especiais (COE), Núcleo de Apoio a Investigação de Santarém (NAI) com apoio de
agentes da Polícia Federal e o Grupamento Aéreo de Altamira continuam as buscas
pelos suspeitos de assaltar o Banco da Amazônia (BASA), no município de Placas,
oeste do Pará. De acordo com o delegado de Polícia Civil, Celso Saldanha, o
cansaço, a fome e o despero farão eles se entregarem. Ele disse ainda que é
provável que a quadrilha ainda esteja na mata entre os quilômetros 235 e 240.
Saldanha informou que o bando foi avistado correndo na floresta durante um sobrevoo de
helicóptero, mas como a aeronave também foi vista, eles se esconderam. “Nós
acreditamos que eles ainda estejam no local. Se eles estão com suprimentos, os
suprimentos vão acabar. A experiência que as equipes de busca têm, é que esse
suprimento acabe, e eles com cansaço, com fome e desespero, acabem uma a um, ou
o grupo todo, se entregando”.
Após investigações mais
detalhadas, o delegado esclareceu que as buscas são por quatro homens, e não
oito como informado pela Polícia Militar inicialmente. “Cinco praticaram o
assalto, mas um deles já foi preso, o que estava com o tiro na perna, que seria
o motorista da caminhonete, então, só restaram quatro”, afirmou Saldanha.
A Polícia Militar informou
na sexta-feira (13), que tinha sido levada uma quantia de aproximadamente R$
115 mil da agência, mas não deu plena certeza sobre o valor. Nesta
segunda-feira (16), a Polícia Civil explicou que o dinheiro levado do banco
pelos bandidos foi cerca de R$130 a R$ 140 mil, mas como R$ 54.110,55 já foram
recuperados, é possível que R$ 60 a R$
70 mil ainda estejam em poder dos assaltantes.
Saldanha enfatizou que a
recuperação de parte do dinheiro ocorreu após um trabalho de apuração minucioso
com os reféns. Uma funcionária da agência, que foi levada como refém pelos
criminosos, informou durante depoimento à Polícia Civil, o local onde estaria o
malote.
Segundo o delegado,
durante a fuga, os criminosos adentraram na mata e esqueceram uma das mochilas
com dinheiro nas costas da refém. Após ficar cerca de 10 minutos no local
esperando o bando voltar, a funcionária resolveu deixar a mochila para trás,
pois ficou com medo dos suspeitos dispararem contra ela “Ela ficou com aquilo
guardado, com medo da ameaça que sofreu quando eles abandonaram a caminhonete.
Com a psicóloga do BASA ela conseguiu falar, e a psicóloga disse: ‘olha, conte
isso para as autoridades’. E aí no momento de tomar o depoimento, eu a levei
até o BASA para ela me contar da dinâmica do assalto. Eu perguntei: ‘você tem
mais alguma coisa pra me falar? E ela começou a chorar. Eu disse: ‘olha você
está conosco, está protegida, não tem mais o que temer’. Ela é uma vítima que
já sofria porque foi vítima do outro assalto ao BASA”, explicou.
ENTENDA O CASO
Por volta de 9h35 de
quinta-feira (12), uma quadrilha com pelo menos oito assaltantes atiraram
contra a agência bancária do Basa, em Placas, e invadiram o local. Após render
clientes e funcionários, os criminosos roubaram dinheiro do banco. Na saída,
utilizaram clientes para fazer um “escudo humano”. Segundo a polícia, entre os
reféns estavam um ex-prefeito e um secretário municipal de Placas. Na fuga, os
bandidos levaram quatro reféns no veículo, mas na estrada, a quadrilha foi
cercada por policiais militares do Grupo Tático Operacional (GTO), houve troca
de tiros, que fez com que os assaltantes recuassem em direção a um ramal, que
dá acesso à cidade vizinha de Uruará. Durante a perseguição, um dos pneus da
caminhonete furou, o que obrigou os bandidos a liberar os reféns e abandonar o
carro, e sair em fuga a pé pela mata.
Fonte/Foto:
G1 Santarém/Divulgação - Polícias Civil e Militar
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