PARAZÃO 2015: PAYSANDU VENCE REMO COM FOLGA
Vitória bicolor! Ainda saiu barato! Fora o baile!
O Paysandu arrasou o Clube
do Remo no primeiro Re-Pa oficial de 2015, válido pela quarta rodada do returno
do Campeonato Paraense. A vitória por 3 a 1, num jogo em que o time bicolor
poderia até ter goleado o rival, guinou o Papão à vice-liderança do Grupo A2,
enquanto o Leão perdeu a sequência de nove jogos sem derrota e começa a sentir
a ameaça de não se classificar para o quadrangular final.
Poucas vezes o torcedor
azulino viu sua equipe jogar um futebol tão pobre, sem qualquer coordenação e
visivelmente nervosa. Os espaços na defesa eram enormes.
O Paysandu sentia-se
convidado a entrar em lances rápidos que exploravam ora o meio, ora as
laterais. Aliás, a atuação dos zagueiros Igor João e Ciro Sena foi um
espetáculo de horror à parte.
Tamanha fragilidade foi
sentida logo cedo. Aos dois minutos do primeiro tempo, a cobrança de falta de
Yago Pikachu encontrou Dão. Sozinho, ele completou de cabeça para o desespero
de Fabiano: 1 a 0.
Não o bastante, o Paysandu
ainda teve a chance de ampliar com Bruno Veiga, mas a trave se encarregou de
salvar os azulinos. O show de horrores na defesa soltava o adversário à
vontade. Foi um massacre com golpes certeiros e calculados.
Os gols do Paysandu foram
cirúrgicos. O primeiro logo no início do jogo e outro no começo do segundo
tempo, com Yago Pikachu, em cobrança de pênalti cometido por Jadílson em
Jhonnatan.
Quando o Remo pensou em
ensaiar a reação, diminuindo também de pênalti, com Rafael Paty, o Papão foi lá
e acabou com a alegria remista, tapando o que sobrou da cova num belo gol do
atacante Bruno Veiga: 3 a 1.
Em 90 minutos não houve
sequer um momento onde o Remo tenha sido superior ao Paysandu. O futebol
azulino foi bisonho ao ponto de deixar nos bicolores a frustração de não ter
goleado o adversário.
Com a derrota, o Leão
precisa se reinventar, até porque ainda restam mais dois clássicos programados
para os próximos dias. E o Papão, que estreou ontem uniforme em homenagem ao
Esquadrão de Aço, time que brilhou a partir da década de 1940, mostrou que está
afiado.
Bicolores dominaram o rival nos 90 minutos
O Re-Pa foi de amplo
domínio bicolor. A vantagem se deu muito graças a astúcia do técnico Dado
Cavalcanti, que armou o time num esquema tático que favorecia todos os setores,
blindava os mais fracos e oprimia com força as melhores peças do adversário. O
exemplo mais claro foi a ‘grudada’ de Ricardo Capanema em Eduardo Ramos.
Com o ‘cão de guarda’ no
pé, o meia novamente sumiu de cena diante de seu ex-clube, mas não coube a ele
o papel de violão da equipe. Talvez, o grande destaque negativo remista tenha
sido o técnico Zé Teodoro, que nitidamente privilegiou algumas peças sem
condições de jogo e quando tentou mudar os rumos acabou surpreendido por mais
um gol que encerrou o baile levado pelo Leão.
Não fossem homens como o
goleiro Fabiano, o estrago poderia ter sido maior, caso o ataque bicolor não
desperdiçasse tantas chances. Mas os heróis bicolores estão divididos entre
vários setores. Praticamente tudo funcionou, desde a defesa, passando pelo meio
e o ataque.
As linhas de quatro bem
postas na frente da grande área bloquearam a passagem da bola, restando aos
remistas os vazios chutes de longa distância.
“Nós estudamos bem o nosso
adversário. Sabia que o técnico iria colocar o Rony no segundo tempo para dar
mais velocidade, por isso mexemos um pouco na estrutura da nossa equipe e
reforçamos a marcação individual em cima do Eduardo, que era o principal
jogador de criação”, explica o técnico Dado Cavalcanti.
Fonte/Foto:
DOL/Mário Quadros
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