CHEIA CAUSA PREJUÍZO DE MAIS DE R$ 29,2 MILHÕES À AGROPECUÁRIA, NO AM
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Municípios do interior do Amazonas sofrem com estragos e prejuízos da cheia |
Plantações de banana, macaxeira, hortaliças e outras
culturas são afetadas.
Estado tem 10 cidades em situação de emergência e uma
em calamidade.
Subiram para mais de 29,2
milhões os prejuízos causados pela cheia ao setor agropecuário do Amazonas. O
Levantamento de Perdas Agrícolas da Produção Rural informado nesta terça-feira
(17) tem como base os dados atualizados até dia 13 de março. No balanço
anterior, o Instituto de Desenvolvimento Rural e Florestal Sustentável do
Amazonas (Idam) calculou perdas que alcançavam R$ 23,5 milhões.
Município Prejuízo
Envira R$ 15.2154.080,00
Carauari R$ 2.641.170,00
Tabatinga R$ 2.515.777,76
Tapauá R$ 2.307.840,00
Canutama R$ 1.907.535,00
Boca do Acre R$ 1.783.630,80
Guajará R$ 1.094.540,00
Ipixuna R$ 726.120,00
Itamarati R$ 489.420,00
Tefé R$ 371.488,00
Lábrea R$ 172.390,00
Anamã R$ 34.810,00
Eirunepé R$ 21.050,00
Fonte: Idam (até 13 março de 2015)
No total, a agricultura e
a pecuária amazonense amargam perdas no total de R$ 29,280.851,56. O
levantamento apontou que a produção de farinha de mandioca continua
concentrando maior perda, com prejuízos de R$ 17.779.680,00.
A inundação de plantações
de banana também ainda registra o segundo maior prejuízo, com R$ 6,8 milhões,
seguida do cultivo de milho, com R$ 877.89,00. As perdas das lavouras de
cana-de-açúcar permaneceram com a mesma estimativa: R$ 640 mil.
Já o cultivo de
hortaliças, embora continue com o quinto segmento de produto agrícola mais
prejudicado pela cheia no Amazonas, também
registrou aumento dos
estragos, com prejuízos avaliados em R$ 631.452,56.
O setor pecuarista
amazonense também tem amargado prejuízos com perdas nas criações. Até o último
dia 13, 646 cabeças de gados, 2.392 porcos, 14.894 aves e 101 animais ovinos
foram perdidas, gerando prejuízo de R$ 1.089.640,00. A subida dos níveis dos
rios comprometeu a criação e venda de nove toneladas de peixes, causando
prejuízos de R$ 27 mil.
Os prejuízos da cheia na
agricultura e pecuária podem ser ainda maiores, pois o levantamento mais
recente não incluiu os dados dos municípios de Pauini e Humaitá. Apesar de
estarem em situação de emergência, as cidades não enviaram informações novas
sobre as perdas agropecuárias, segundo o Idam. As regiões do Médio Solimões,
Purus, Juruá e Solimões são as mais afetadas pela cheia dos rios no estado.
O levantamento é realizado
semanalmente pelo Idam com apoio da Secretaria de Estado da Produção Rural
(Sepror). Os dados devem nortear as ações governamentais de assistência
agropecuária que serão executadas no período da vazante, quando os níveis dos
rios normalmente baixam.
Cheia
Ao todo, dez cidades estão
em situação de emergência por conta na cheia dos rios no interior do estado.
Boca do Acre - que também sofre influência da cheia do Rio Acre - decretou
situação de calamidade pública no dia 10 de março. O número de famílias
afetadas chega a 17,1 mil, segundo informações da Defesa Civil do Estado.
Ainda de acordo com
informações divulgadas pelo órgão, em sete cidades a situação já foi homologada
pelos órgãos oficiais. Na Calha do Rio Juruá, as cidades em situação de
emergência são: Itamarati, Guajará e Ipixuna. Os municípios de Eirunepé e
Envira também estão em situação emergencial. Já na Calha do Rio Purus, as
cidades amazonenses afetadas pela cheia são Canutama, Tapauá, Carauari e
Pauini. Humaitá, que é banhada pelo Rio Madeira, sofre os impactos do avanço
das águas.
Na região do Alto
Solimões, há cinco cidades em alerta: Tabatinga, São Paulo de Olivença, Santo
Antônio do Içá, Tonantins e Benjamin Constant.
Fonte/Foto:
Adneison Severiano - G1 AM/Reprodução TV Amazonas
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