CÂMARA FEDERAL APROVA AUDIÊNCIA PARA OUVIR EXPLICAÇÕES DA CELPA
Brasília/DF – A Comissão
de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (18), a
realização de audiência pública, pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) para
debater os motivos das altas tarifas de energia elétrica praticada pela Celpa
Equatorial no Pará - uma das maiores do país. O requerimento foi aprovado em
conjunto com do deputado Joaquim Passarinho (PSD/PA), que objetiva a realização
de audiência para tratar sobre o sistema elétrico paraense.
A ser realizada na capital
Belém, a audiência deve contar com representantes da Celpa Equatorial, da
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL; do Ministério de Minas e Energia;
do Ministério Público Federal no Pará; do Ministério Público do Estado do Pará;
da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional PA; do Instituto de Defesa da
Cidadania – IDC e do Procon/PA.
De acordo com o
requerimento aprovado, o Pará é responsável pela geração de quase 10% da energia
hidrelétrica produzida no país, que abastece não apenas a região Norte, mas
também exporta energia por meio da integração ao Sistema Interligado Nacional –
SIN, e sua população paga uma das tarifas mais caras de energia elétrica em
todo o Brasil. Para a indústria, por exemplo, enquanto o Estado do Pará paga R$
572,20 por MW/h, a média do país é R$ 498,28 por MW/h, ou seja, 37,8% a menos,
com base em levantamento da FIRJAN.
Para Arnaldo Jordy, a
audiência deve discutir os compromissos firmados em audiências anteriores. A
Celpa assinou no ano passado Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério
Público Estadual, comprometendo-se a solucionar problemas apontados por
consumidores ao Procon do Pará. Jordy também pretende propor uma revisão do
modelo atual de geração e distribuição de energia elétrica, que penaliza o
Pará, enquanto Estado produtor de energia, sem que haja qualquer compensação
por isso.
Sem
bandeiras
Os parlamentares devem
debater a exclusão do Pará do regime de bandeiras tarifárias estabelecido pela
Aneel, para compensar o alto custo da geração termelétrica de outras regiões, e
que penaliza também o Estado, que é gerador de energia hidrelétrica e não obtém
com isso quaisquer benefícios para sua população. “A energia termelétrica é
mais cara e encarece as tarifas em todo o País. O Estado tem superávit de
energia, não tem porque estar fazendo esse grau de sacrifício. Nós precisamos
como Estado exportador, e com esses indicadores, comprar energia do fornecedor
mais barato, não do mais caro. Não tem sentido comprar mais caro aquilo que nos
ofertamos", completou Jordy.
A data da audiência será
determinada e divulgada nos próximos dias.
Fonte/Foto:
Vicente Bezerra - Assessoria de Comunicação - Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
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