SAÚDE: SUSPEITA DE MORTE POR EBOLA NO AMAZONAS É DESCARTADA PELAS AUTORIDADES
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Prédio da Fundação de Medicina Tropical, no Dom Pedro. |
De acordo com a Fundação de Medicina Tropical (FMT),
informações divulgadas são improcedentes. Nenhum caso da mortal epidemia que
assola a África foi registrado no Brasil até o momento
O Ministério da Saúde e as
autoridades de Vigilância Sanitária e de Saúde do Estado do Amazonas declararam
ontem que trata-se de boato a informação que circulou em redes sociais de que
um belga teria morrido em Manaus com suspeita de ter contraído o vírus ebola.
“É improcedente a
informação”, afirmou a direção da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor
Vieira Dourado (FMT-HVD), que realizou o atendimento do paciente, por meio de
nota. O Ministério da Saúde também não confirmou a existência do caso no
Amazonas ou recebeu qualquer tipo de comunicado de paciente suspeito no Estado
até o momento e reforçou que o Brasil adotou medidas de prevenção,
principalmente nos portos e aeroportos, para evitar a entrada do vírus no País.
O MS enfatizou que, desde agosto, têm surgido muitos boatos sobre existência de
casos em vários Estados. “No Brasil, até o momento, não há caso suspeito ou
confirmado de ebola e o risco de transmissão para o País é considerado baixo”,
ressaltou o MS, por meio da assessoria de imprensa.
A morte do estrangeiro,
que causou os boatos nas redes sociais em Manaus, aconteceu no dia 25 de
setembro passado, de acordo com a FMT-HVD. A unidade atendeu o belga, que
morava há 20 anos no Amazonas, mas sem histórico de viagem a países africanos.
O nome dele não foi revelado, mas o homem deu entrada na Fundação de Medicina
Tropical em estado gravíssimo, com quadro sugestivo de septicemia (infecção
generalizada). “Exames realizados no paciente identificaram a presença de um
abscesso na região do joelho, com coleta de material positivo para a bactéria
estafilococos. O quadro de septicemia causado pela referida bactéria também foi
confirmado por meio de exame de sangue (hemocultura)”, conforme trecho da nota.
O paciente permaneceu
internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, mas o quadro
evoluiu para óbito na mesma data da internação. Apesar de o estrangeiro morar
no Amazonas há muitos anos, o Consulado da Bélgica em Manaus não tinha sido
comunicado do falecimento do compatriota, de acordo com o cônsul honorário Hugo
Deschoolmeester.
Espírito Santo
Na quinta-feira passada, o
Ministério da Saúde descartou a possibilidade de ebola em paciente atendido no
porto de Vitória. O homem, de 47 anos, estava em navio de bandeira Francesa,
vindo de Cabo Verde, na África Ocidental, com o quadro diarréico, porém sem
relato de febre. O navio precisou fazer uma parada de emergência no porto de
Vitória para que a equipe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
pudesse fazer o atendimento.
Período de incubação é de
até 21 dias
De acordo com o portal do
Ministério da Saúde, os sintomas do ebola começam com febre, fraqueza intensa,
dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Esses sinais são seguidos
por vômitos, diarreia, disfunção hepática, erupção cutânea, insuficiência renal
e, em alguns casos, hemorragia tanto interna como externa.
O período de incubação, ou
o intervalo de tempo entre a infecção e o início dos sintomas, pode variar de
um até 21 dias. Os pacientes tornam-se contagiosos apenas quando começam a
apresentar os sintomas. Eles não são contagiosos durante o período de
incubação. A confirmação dos casos de ebola é feita por exames laboratoriais
específicos e o vírus não é transmitido pelo ar.
Depois que uma pessoa
entra em contato com um animal com ebola, ela pode espalhar o vírus na sua
comunidade, transmitindo-o para outras pessoas. A infecção ocorre por contato
direto com o sangue ou outros fluidos corporais ou secreções (fezes, urina,
saliva, sêmen) de pessoas infectadas. A infecção também pode ocorrer se a pele
ou membranas mucosas de uma pessoa saudável entrar em contato com objetos
contaminados com fluidos infecciosos de um paciente, como roupa suja, roupa de
cama ou agulhas usadas. Ainda não há nenhuma vacina para a doença, algumas
estão sendo testadas, de acordo com o Ministério da Saúde.
Fonte/Foto:
Acyane do Valle – ACRITICA.COM/Antonio Menezes
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