MORRE AOS 107 ANOS OLENDINA DA COSTA VIEIRA, CONSIDERADA A MULHER MAIS VELHA DE MANAUS
Conhecida popularmente como 'Dona Boneca', a idosa
passava por complicações pulmonares ocasionadas pelo cigarro há um mês e morreu
na manhã desta terça-feira (21)
Após uma internação de dez
dias por causa de uma pneumonia, morre dona Olendina da Costa Vieira, de 107
anos, a mulher mais idosa de Manaus. Fumante a vida toda, dona Olendina nunca
teve problemas graves de saúde, apresentava coração saudável, pressão estável e
ausência de diabetes. A amazonense natural de Nova Olinda do Norte era
conhecida por sua irrevência e saúde invejável.
No mês de setembro sua
única filha, Vera, ao notar o consumo de uma carteira de cigarro por dia
decidiu cortar o hábito da mãe temendo por problemas de saúde. Dias depois foi
diagnosticada com pneumonia e internada no Hospital 28 de Agosto, onde na
última terça-feira (14) passou por uma parada cardíaca, foi reanimada e se
recuperava bem até a manhã desta terça (21). A idosa morreu às 11h52 da manhã,
será velada até às 10h da manhã da quarta-feira (22). Seu enterro deve
acontecer no Cemitério do Tarumã, Zona Oeste de Manaus.
Durante o velório lágrimas
de familiares se misturavam com sorrisos nostálgicos ao lembrar das pérolas de
dona Olendina. Sua filha Vera conta com bom humor o processo de internação da
mãe no hospital. "Assim que a crise de falta de ar passou, com ajuda do oxigênio,
ela avisou que estava pronta pra voltar pra casa, falou que queriam mantê-la
ali pra estudos e pedia que a gente a levasse pra casa", lembra a única
filha da espirituosa moradora do bairro do São Jorge.
A neta Andreia lembra das
preferências de dona Olendina, apreciadora dos peixes da região que não
dispensava um piracuí com açaí e rejeitava categoricamente carnes vermelhas.
Talvez esteja aí a fonte para sua longevidade. Seus bisnetos lembram que ao
visitar o Mercado Municipal Adolpho Lisboa com a bisavó os funcionários mais
antigos a reconheciam e gritavam: "dona boneca!", como também era
conhecida em seu bairro.
Dona Boneca morre deixando
uma filha, dois netos e vários bisnetos, além de levar consigo memórias de uma
Manaus bem diferente da que conhecemos. As experiências de dona Olendina foram
relatadas em diversas reportagens na imprensa local e a quantidade de pessoas
que foram dar o último adeus à centenária e espontânea velhinha refletem o
carisma que dona Boneca transmitia.
Fonte/Foto:
Mariah Brandt – acrítica.uol.com.br/Antonio Lima
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