MANAUS ESTÁ ENTRE AS SEIS CIDADES QUE REÚNEM QUASE UM QUARTO DA RIQUEZA BRASILEIRA



Cidade arrecadou R$ 8 bilhões em 2013 e concentra 79% de toda a economia do Estado
MANAUS - Arrecadação tributária de R$ 8 bilhões em 2013, centralização industrial do Norte do País e concentração de 79% de toda a economia do Estado: estes vultosos números refletem o grande potencial e importância econômica da capital do Amazonas, não apenas para o Estado, mas para toda a Região Norte.
No cenário nacional, Manaus está entre os seis municípios que reúnem quase um quarto da riqueza brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). De acordo com os dados da última Pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios, divulgada pelo Instituto em dezembro do ano passado, com um PIB de R$ 51 bilhões em 2011, a capital amazonense foi a sexta cidade brasileira –e a primeira do Norte/Nordeste –que mais  riquezas para o País.
Segundo o estudo, seis capitais responderam juntas, em 2011, por 24,5% da geração de renda do País: São Paulo (11,5%), Rio de Janeiro (5,1%), Brasília (4%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,3%) e Manaus (1,2%). Entre as capitais, Manaus foi a única cuja indústria se mostrou como grande força geradora de divisas. Já na relação do PIB per capita Manaus supera cidades como Florianópolis e Belo Horizonte, aparecendo na sétima colocação entre as capitais.
A pesquisa considerou valores brutos dos três grandes setores de atividade econômica (agropecuária, indústria e serviços), mais os valores dos impostos, valores líquidos de subsídios, preços atribuídos sobre produtos, a soma do PIB em si e sua divisão per capita. Apesar de expressiva, a participação de Manaus no PIB nacional sofreu, naquele ano, uma ligeira redução de 0,1% em relação à pesquisa referente ao ano de 2010.
O superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, diante dos índices de crescimento do faturamento no Polo Industrial de Manaus, aposta que, assim que forem revelados dados sobre 2013- 2014, Manaus cidade sede da Zona Franca) sairá do 6º lugar entre as cidades com maior PIB do país para figurar entre as quatro maiores. “Estamos atrás de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, mas vamos passar de Curitiba e Belo Horizonte nas próximas divulgações desses números do IBGE”, diz Thomaz Nogueira.
Pelos dados da Suframa, as empresas incentivadas do PIM (Polo Industrial de Manaus) fecharam o ano de 2013 com aturamento acumulado de R$ 83,28 bilhões, o maior da história em moeda nacional.O montante é 13,31% superior ao faturamento de 2012 (R$ 73,50 bi). Em dólar, o faturamento foi de US$ 38,53 bilhões, um crescimento de 2,63% em comparação ao ano anterior.
No entanto, apesar das previsões otimistas da autarquia, o presidente do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas) Marcus Evangelista avalia como pouco provável este salto da economia de Manaus. Evangelista lembra que o principal setor do Polo Industrial de Manaus, o setor de duas rodas, vive uma séria crise, o que poderá derrubar o desempenho da capital em 2014.
“Acredito que isso está muito improvável de acontecer, estamos vivenciando uma recessão em diversos setores do Polo Industrial de Manaus como o Polo de Duas Rodas e Componentes. Em função disso deveremos ter uma menor participação no PIB Brasil nesse segundo semestre”.
Ainda de acordo com o presidente do Corecon/AM, uma possível diminuição do PIB manauara poderia, além das óbvias perdas econômicas, também poderá impactar negativamente a vida do cidadão comum. “Já que nossa economia hoje está diretamente ligada ao PIM, quanto maior o PIB maior a ‘potencial industrial’ do nosso Distrito. Já que a situação é preocupante, além do PIB ser menor existe o perigo de eminentes demissões o que afetará diretamente a vida dos cidadãos que trabalham nas fábricas aqui instaladas”, avaliou.
Má distribuição
Outro ponto negativo apontado pelo levantamento foi na comparação do PIB de cada capital com de sua respectiva unidade da Federação: o Amazonas apareceu como o Estado mais dependente da economia de seu principal município, uma vez que Manaus contribuiu com mais de 79,0% para o PIB do Estado. Para efeito de comparação, Santa Catarina, o Estado mais autônomo, contou com apenas 6,8 do PIB de sua capital, Florianópolis, segundo o IBGE.
Para Marcus Evangelista, o desafio para os próximos governos que é romper essa dependência, algo que, se bem trabalhado, poderá acontecer somente num período de médio ou longo prazo. “Temos que ter a preocupação de fortalecer o Modelo atual. Pensando nisso os economistas do Corecon formularam um sumário de quinze tratativas emergenciais já protocolizadas nos órgãos do Estado. As consequências podem ser positivas caso o Modelo tenha seus atuais problemas resolvidos”.
Fonte/Foto: Portal Amazônia/Walter Mendes – Jornal do Commercio

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