GOVERNO FEDERAL AUTORIZA NOVO CURSO DE MEDICINA NO PARÁ
Iniciativa é parte do Programa Mais Médicos, que
completou um ano esta semana
Os jovens paraenses terão mais oportunidades de se
formarem médicos
Na quinta-feira (4), o
governo federal autorizou a criação de 39 novos cursos de Medicina, um deles em
Tucuruí. São cidades com 70 mil habitantes ou mais e não têm curso superior
para graduação de médicos. A iniciativa faz parte da estratégia do Programa
Mais Médicos de expansão da formação no país. Também foi divulgada pelo
Ministério da Saúde a primeira pesquisa feita com os usuários do Programa, que
completou um ano essa semana.
As oportunidades de
formação em Medicina que serão criadas fazem parte das ações estruturantes da
saúde. Na seleção das 39 cidades, o Ministério da Educação levou em conta a
necessidade do curso, a estrutura da rede de saúde para realização das
atividades práticas e a capacidade para abertura de residência médica. Os
municípios selecionados estão em regiões metropolitanas e no interior, nenhum
deles é capital. Outras sete cidades com o mesmo perfil terão prazo de seis
meses para fazerem as adequações recomendadas na rede pública de saúde para
habilitação dos novos cursos. É o caso de Ananindeua, no Pará.
Para o ministro da Saúde,
Arthur Chioro, “o programa Mais Médicos efetivamente está garantindo mais
acesso, qualidade e mais humanização no atendimento. E a pesquisa feita com a
população confirma que aqueles que usam o Programa Mais Médicos, na periferia
de grandes cidades, no interior do país, na Floresta Amazônica, no sertão
nordestino, estão muito satisfeitos com o médico”.
“O Mais Médicos prevê que
o Brasil passe a ter mais cursos de medicina. O nosso objetivo é ofertar cursos
de qualidade, para isso precisamos de planejamento e é o que estamos fazendo
com esse edital para novos cursos. Estamos invertendo o processo que era feito
antes. Agora, primeiro definimos quais as regiões devem receber para que a
estrutura seja preparada para receber o ensino de qualidade”, afirmou o
ministro da educação, Henrique Paim.
Atualmente, o Brasil conta
com 21.674 vagas autorizadas para cursos de Medicina. Deste total, 11.269 estão
no interior e 10.045 em capitais. Essa distribuição já é resultado do processo
de interiorização do ensino superior adotado pelo governo federal. Até 2012,
predominava a oferta de vagas nas capitais, que tinham 8.911, enquanto no
interior havia 8.772 vagas disponíveis.
PESQUISA DE OPINIÃO – A
pesquisa de opinião apresentada pelo Ministério da Saúde traz as primeiras
avaliações da população sobre o desempenho dos profissionais que atuam pelo
Programa Mais Médicos, dentro do eixo voltado ao provimento imediato de
médicos. A pesquisa foi feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas
(Ipespe). Foram realizadas cerca de 4 mil entrevistas em 200 municípios de
todos os estados do país que contavam com médicos do Programa, no período de 4
de junho a 6 de julho de 2014.
Questões relacionadas ao
atendimento foram as que mais evoluíram na opinião dos entrevistados: 86% dizem
que a qualidade da assistência melhorou após a chegada dos profissionais do
Mais Médicos. Quase a totalidade dos entrevistados (95%) disse estar satisfeita
com a atuação dos médicos e deu notas acima de 8 à atuação dos profissionais.
Os itens que mais evoluíram na opinião dos usuários se referem às questões
diretamente relacionadas ao atendimento dos pacientes pelos médicos. Para 86%
da população ouvida, a qualidade do atendimento melhorou muito após a chegada
dos profissionais.
Um total de 84% dos
entrevistados apontou estar satisfeito em relação à duração da consulta médica.
Para 83%, houve melhoria nos esclarecimentos sobre problemas de saúde e 80%
revelaram satisfação em relação ao acompanhamento sendo feito sempre pelo mesmo
profissional. Os usuários ressaltaram que durante o atendimento também tiveram
informações sobre prevenção e ações para melhorar a saúde: 67% das pessoas
ouvidas receberam recomendações sobre alimentação e 56% tiveram orientações
sobre práticas de atividades físicas.
A população ouvida também
destacou, em pergunta espontânea, os pontos fortes do Programa: a ampliação do
atendimento e o aumento no número de consultas (58%), a presença dos médicos
todos os dias nas unidades básicas (33%) e médicos atenciosos com os pacientes
(37%). A pesquisa abordou ainda a conduta do médico do Programa, sendo que 96%
dos usuários concordaram que os profissionais são competentes e 90% aprovaram a
forma como foram tratados durante o atendimento.
A pesquisa revelou que 74%
dos entrevistados acreditam que o Mais Médicos está melhor do que o esperado,
contra 19% que acham que está como se esperava e 2% consideram que o Programa
está pior do que o objetivo traçado.
BALANÇO – O eixo de
provimento do Programa Mais Médicos atendeu 100% da demanda apontada pelas
prefeituras, disponibilizando 14.462 profissionais para 3.785 municípios e para
os 34 distritos indígenas, expandindo o atendimento em saúde para 50 milhões de
brasileiros.
No eixo de infraestrutura,
o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São R$ 5,6
bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de Unidades
Básicas de Saúde (UBS) e R$ 1,9 bilhão para construções e ampliações de
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Das 26 mil UBS que tiveram recursos
aprovados para construção ou melhoria em todo o país, 20,6 mil (79,2%) estão em
obras ou já foram concluídas. No Pará, das 1401 propostas com recursos
aprovados, 1233 estão em obras ou já foram concluídas. Em relação às UPAs, 363
já foram concluídas de um total de 943 propostas aprovadas em todo o país.
Já as medidas relativas à
expansão e reestruturação da formação médica no país, que compõem o terceiro
eixo do programa, preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de
graduação em medicina e 12,4 mil de residência médica, com o foco na
valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS. Em
relação à residência, um total de 2.822 novas vagas já foram criadas.
A abertura de novos cursos
e vagas de graduação leva em conta a necessidade da população e a
infraestrutura dos serviços – com isso, mais faculdades surgirão em localidades
com escassez de profissionais, como no Nordeste e no Norte do país, e em
cidades do interior de todas as regiões brasileiras.
Fonte/Foto:
oimpacto.com.br
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