CNBB E ENTIDADES PARTICIPAM DE MOBILIZAÇÃO PELA REFORMA POLÍTICA
Nesta semana da Pátria, de
1º a 7 de setembro, acontece a Semana Nacional de Luta pela Reforma Política
Democrática. Mais de 400 organizações sociais promovem, em todas as regiões do
Brasil, coletas de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da
Reforma Política e Eleições Limpas e recolhimento de votos para o Plebiscito
Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. As duas
iniciativas, apoiadas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
buscam colocar em evidência debates sobre as necessárias mudanças políticas no
país.
Para o bispo auxiliar de
Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura
e a Educação da CNBB, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, as comemorações da
Independência do Brasil terão significado “muito especial” com a participação
do povo brasileiro.
“Ela será mais Semana da
Pátria se todo mundo participar do que nós estamos promovendo, que é uma coleta
de assinaturas para poder aprovar um projeto de lei no Congresso Nacional que
ajuda a reformar o âmbito político do Brasil, porque no Brasil a política é
exercida de uma forma pouco transparente, sem a participação do povo e,
sobretudo, é extremamente cara, porque, em primeiro lugar, olha-se o interesse
corporativista dos políticos”, afirma dom Mol.
O projeto de lei de
iniciativa popular pela Reforma Política e Eleições Limpas é organizado por uma
Coalizão de cem entidades, entre elas a CNBB, Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
A proposta, protocolada no
Congresso Nacional com o número 6.316 de 2013, tem o objetivo de afastar das
eleições a influência do poder econômico sobre as candidaturas, proibindo o
financiamento das campanhas com dinheiro privado; alterar o sistema eleitoral,
implementando eleição em dois turnos, sendo o primeiro para escolha de uma
proposta e o segundo para eleição da pessoa que a colocará em prática;
fortalecer a participação das mulheres e demais grupos subrepresentados; além
da regulamentação do artigo 14 da Constituição Federal, para intensificar os
mecanismos de participação popular, como Projeto de Lei de Iniciativa Popular,
do Plebiscito e do Referendo, mesclando a democracia representativa com a
democracia participativa.
A outra iniciativa,
promovida por centenas de movimentos sociais, busca a instalação de uma
Assembleia Nacional Constituinte para mudar o sistema político no Brasil. O plebiscito popular serve para pressionar as
instâncias governamentais a convocar um Plebiscito Oficial para ouvir a
população sobre a convocação da Constituinte.
O texto também esclarece
que o projeto de Reforma Política da Coalizão, da qual a CNBB faz parte, “não
está vinculado a nenhum partido político tão pouco a nenhum candidato a cargos
políticos eletivos, embora não haja restrição do apoio de bons políticos do
Brasil”. As iniciativas, porém, são respostas às “várias tentativas de reforma
política infrutíferas” no Congresso Nacional.
Fonte/Foto:
alvoradaparintins.com.br
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