NO PARÁ, JOGOS TRADICIONAIS INDÍGENAS TÊM DE ARCO E FLECHA A FUTEBOL

600 indígenas de 15 etnias competem também em corrida de toras e atletismo, entre outras provas

BELÉM – Um dos eventos mais emblemáticos da cultura, tradição e esporte do Pará, os Jogos Tradicionais Indígenas, estão de volta e com cara nova. A quarta edição do evento ocorre na praia Marudá, na área rural de Marapanim, entre os dias 4 e 10 de setembro. Os competidores são cerca de 600 indígenas de 13 etnias do Pará e mais duas etnias convidadas da Bahia e do Tocantins.

Uma grande estrutura está em construção para receber os indígenas. A obra tem 16 ocas para a hospedagem dos atletas; uma arena para a disputa das modalidades com capacidade para 3,2 mil pessoas; oca para administração; um restaurante para 750 pessoas; infocentro; a pira olímpica, símbolo dos jogos; ambulatório de atendimento médico; almoxarifado; secretaria-executiva; e sala de imprensa.

Trinta pessoas é a quantidade máxima de indivíduos por equipe em cada uma das 15 etnias: Aikewara, Arawete, Assurini do Tocantins, Assurini do Xingu, Gavião Kyikatejê, Gavião Parkatejê, Guarani, Kayapó, Munduruku, Parakanã, Tembé, Xikrin e Wai-Wai (13 etnias do Pará); e Pataxó (da Bahia) e Xerente (do Tocantins).

A competição tem diversas provas, como corrida de toras, arco e flecha, zarabatana, cabo de força, arremesso de lança e lutas corporais. Provas não-indígenas, como futebol, natação e atletismo, também estão no torneio.

Os Jogos Indígenas não são essencialmente uma competição entre as tribos. Desde a primeira versão, as etnias encontram-se principalmente com o intuito de fazer uma interação entre as diversas tribos indígenas presentes. Essa interação se dá também nas apresentações de danças, feira de artesanato, exposição de fotografias, sessões de cinema, sessão de pajelança e cantos mostrados entre uma e outra competição, tornando os Jogos Tradicionais Indígenas um show de cultura e também de esporte.

Fonte/Foto: portalamazônia.com.br/Cristiano Martins – Ag. Pará