MENOS UM? ESTUDO CIENTÍFICO MOSTRA QUE PIRARUCU CORRE RISCO DE EXTINÇÃO NO PARÁ
A principal causa seria a pesca irregular da espécie
amazônica.
Criação em cativeiro seria alternativa para evitar
extinção do pirarucu.
O mercado do Ver-o-Peso,
em Belém, exibe uma pequena mostra da rica fauna pesqueira encontrada na região
amazônica: pescada amarela, tamuatá, filhote, entre outras espécies, mas uma
delas está cada vez mais difícil de encontrar, o pirarucu. Um estudo publicado
na revista internacional Aquatic Conservation, realizado na cidade de Santarém
e coordenado por um brasileiro, aponta que o peixe corre risco de extinção no
estado do Pará.
"Há uma procura pelo
consumidor, mas infelizmente a gente não consegue trabalhar com esse produto,
que é muito escasso. Poucos trabalhadores trabalham com esse peixe, então aí
está a dificuldade", explica um dos peixeiros do mercado.
O pirarucu é típico da
região amazônica e muito procurado na culinária amazônica. Pelo menos 60% da
carne do peixe é composta de filé, o que faz com que muitos turistas busquem
pela iguaria.
"Preservando os
peixes pequenos, com certeza vai ter peixe para sempre para o povo comer, né?
Agora se as pessoas pegarem o peixe pequenino e ir matando, vai acabando",
afirma o mestre de obras Amarildo Marte.
O período de defeso do
piracuru no Pará é de apenas seis meses. Uma das propostas do Ibama para evitar
a extinção da espécie é criar uma política parecida com a do estado do
Amazonas, onde o período de defeso do peixe é o ano inteiro, permitindo a pesca
apenas em áreas de manejo do pirarucu.
"A gente precisa
atualizar a legislação, inclusive ser mais restritiva especificamente para a
pesca do pirarucu", defende Antônio Melo, chefe do Núcleo de Pesca do
Ibama.
Uma alternativa para
evitar a extinção da espécie seria a criação em cativeiro. Segundo a Secretaria
de Pesca e Aquicultura do Estado do Pará, os municípios de Breu Branco, Conceição
do Araguaia, Barcarena, Almeirim e Paragominas já possuem criadouros oficiais
da espécie. Só em Paragominas, 37 empresários atuam no ramo.
"É um investimento
ter boas águas, bons tanques e um lugar bem apropriado para ele se dar",
explica Hamilton Caliman, empresário que investe no segmento.
Fonte/Foto:
G1 PA/animal-world.com
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