ELEIÇÕES 2014: HORÁRIO GRATUITO COMEÇA DIA 19
Governadores em busca da
reeleição, grupos de situação e herdeiros de políticos tradicionais terão
vantagem na propaganda eleitoral de rádio e TV, que começará no próximo dia 19
de agosto.
Os candidatos governistas
terão maior fatia no palanque eletrônico em 18 dos 26 Estados e no Distrito
Federal. Programas de oposição serão maiores em nove Estados.
A estimativa foi feita a
partir dos dados de bancadas na Câmara dos Deputados que o TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) usou para calcular o tempo dos candidatos à Presidência.
PT, PMDB e PSD têm as maiores bancadas.
O recordista em tempo de
propaganda no país é o candidato a governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB),
indicado pelo presidenciável Eduardo Campos (PSB) para sua sucessão.
Com uma coligação de 21
partidos, o pessebista chegou a 10min26s 51% do bloco de 20 minutos. É o único
com mais tempo do que todos os adversários somados.
Dos 17 governadores que
tentam a reeleição, 12 terão mais tempo do que os rivais.
Herdeiros de políticos
tradicionais, como Lobão Filho (PMDB-MA), Helder Barbalho (PMDB-PA) e Renan
Filho (PMDB-AL), também terão vantagem na propaganda.
Os governadores com
desvantagem para adversários são Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Simão Jatene
(PSDB-PA), Confúcio Moura (PMDB-RO), Camilo Capiberibe (PSB-AP) e Ricardo
Coutinho (PSB-PB).
A equipe de Coutinho diz
esperar reverter a situação nas ruas. “Apostamos na força da nossa militância”,
diz Fábio Maia, um dos coordenadores da campanha.
No PA, a coordenação de
campanha de Jatene diz que a eleição deve ser bastante polarizada, o que
reduzirá o peso do tempo de televisão.
Em SP, Paulo Skaf
(PMDB-SP), que nunca foi eleito para nenhum cargo no Executivo ou Legislativo,
terá mais tempo do que Alckmin (29,6% contra 24,2% do bloco).
A busca pelo predomínio no
horário eleitoral “fez parte da estratégia do partido desde o começo”, afirma o
ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho, que dirige a coligação de Skaf.
TEMPO X TEMPO
Para o consultor e
estrategista eleitoral Paulo Di Vicenzi, nem sempre o predomínio no horário
eleitoral significa grande vantagem. Os desafios
diz, são dosar a exibição
do candidato “para não passar dos limites” e arcar com custos extras de
produção.
Wilson Gomes, pesquisador
em comunicação e política da UFBA (Universidade Federal da Bahia), cita o
exemplo das eleições de 2012 em Salvador, quando Nelson Pelegrino (PT) tinha
13min54s de tempo de TV, mas perdeu para ACM Neto (DEM), que somava apenas
5min24s.
“O problema é quando o
candidato acaba construindo uma imagem ruim ou desperdiça o tempo do eleitor
com videoclipes cantados”, afirma o professor.
TAMANHO
Os candidatos governistas
terão maior fatia no palanque eletrônico em 18 dos 26 Estados e no Distrito
Federal. Programas de oposição serão maiores em nove Estados.
Fonte/Arte:Folhapress/Casso
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