SENADO APROVA PEC QUE PRORROGA POR 50 ANOS ZONA FRANCA DE MANAUS
Proposta já foi aprovada pelos deputados e seguirá
para promulgação.
Polo Industrial de Manaus gerou R$ 90 bilhões em
receita no ano passado.
O plenário do Senado
Federal aprovou por unanimidade nesta quarta-feira (16) a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) que prorroga os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus
por mais 50 anos. O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e seguirá
para promulgação pelo Congresso.
A proposta teve amplo
apoio dos partidos no Senado, que aprovaram um calendário especial para
agilizar a tramitação a tempo de aprovar a matéria nesta quarta, dia em que a
Casa faz esforço concentrado para analisar projetos em plenário.
Segundo dados da
Superintendência da Zona Franca de Manaus citados pelo relator, senador Eduardo
Braga (PMDB-AM), o polo industrial local tem 600 empresas nos segmentos
eletroeletrônico, de informática e de produção de veículos. Essas empresas
geraram em 2013 cerca de 113 mil empregos diretos e 500 mil indiretos. Ainda de
acordo com a superintendência, o Polo Industrial de Manaus gerou receita de R$
90 bilhões no ano passado.
O senador amazonense
lembrou que a Zona Franca de Manaus, quando criada, tinha a intenção de
viabilizar o desenvolvimento da região Norte, "tendo em vista a distância
que a separava dos principais centros de consumo do país".
Líder do governo na Casa,
o senador agradeceu ao empenho do governo, autor da proposta de prorrogação.
“Isso foi possível graças à vontade política do governo da presidente Dilma,
que construiu um acordo em torno da votação dessa PEC”, disse Braga em
plenário.
O senador Aécio Neves
(PSDB-MG), candidato de oposição na disputa pela Presidência da República,
parabenizou o Amazonas pela prorrogação da Zona Franca, mas criticou falta de
investimento na região.
“O fundamental agora é que
se inicie uma luta por investimento em infraestrutura, em portos, em
aeroportos, em hidrovias que infelizmente não ocorreram até aqui”, disse. “A
Zona Franca de Manaus vai precisar travar uma nova luta, que é se transformar
em uma plataforma de exportação”, completou o candidato tucano.
As indústrias instaladas
na Zona Franca de Manaus recebem diversos incentivos fiscais para comércio,
exportação e importação de produtos. Elas têm redução de até 88% no Imposto de
Importação sobre insumos, corte de 75% no Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e
ainda são isentas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins.
Quanto aos tributos
estaduais, as empresas recebem a restituição total ou parcial de tudo o que
desembolsam com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O
investidor da Zona Franca também recebe vantagens na hora de comprar ou alugar
um terreno no local.
Lei da Informática
Após analisarem a PEC, os
senadores aprovaram um projeto de lei que prorroga em dez anos os benefícios da
Lei da Informática, uma forma encontrada pelos parlamentares para diminuir as
desvantagens das empresas de informática que não estão situadas na Zona Franca.
A aprovação do texto foi necessária para a construção do acordo em torno da
PEC.
O projeto, que seguirá
para sanção presidencial, prorroga até 2024 o corte de 80% do IPI para o setor
de informática. Após essa data, a redução será escalonada, chegando a 70% em
2029 e extinta no ano seguinte.
O autor do texto, deputado
Mendonça Filho (DEM-PE), argumentou no projeto que, sem a prorrogação do
benefício, indústrias situadas em outras localidades ficariam prejudicados.
“Com a prorrogação da Zona
Franca de Manaus a indústria em outros estados teria que migrar inteiramente
para a Amazônia, porque perderia competitividade”, justificou o deputado em seu
projeto.
Fonte/Foto:
Priscila Mendes – G1 Brasília/envolverde.com.br
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