PARÁ: PSDB LANÇA JATENE COM SINAIS DE DIVISÃO INTERNA
O PSDB homologou ontem à
tarde, em convenção realizada no ginásio de esportes do Sesi (Serviço Social da
Indústria), na avenida Almirante Barroso, as candidaturas à reeleição do atual
governador Simão Jatene, do deputado federal Zequinha Marinho (PSC) a
vice-governador e do senador Mário Couto também à reeleição. A convenção
terminou no início da noite e contou com a presença de um público numeroso,
engrossado por caravanas trazidas de dezenas de municípios do interior do
Estado.
A convenção tucana
homologou, também, uma aliança pluripartidária composta de 13 legendas. Além do
PSDB e do PSC do candidato a vice, integram a coligação o PPS, PSD, PP, PRB,
PEN, PTdoB, PSDC, PSB, SDD, PMN e PTN. Outros dois partidos eram também considerados
como prováveis aliados – o PTB o PTC. Até o final da convenção, porém, nenhum
dirigente tucano confirmou o ingresso dos dois partidos na coalizão.
A força-tarefa liderada
pelo PSDB para tentar reeleger o atual governador terá quatro candidatos ao Senado
– o atual senador Mário Couto, tucano, o vice-governador Helenilson Cunha
Pontes, do PSD, o radialista Jeferson Lima, do PP, e a vereadora Marcela
Tolentino, do Solidariedade. Encarada internamente como sinal de vigor da
coligação, as quatro candidaturas ao Senado não conseguem dissimular a cisão
que pode se aprofundar em racha no curso da campanha.
O senador Mário Couto,
preterido pelo atual governador como candidato oficial – Jatene deu preferência
ao seu vice atual, Helenilson Pontes –, já protagonizou lances de rebeldia
explícita e chegou a ameaçar bater chapa com o próprio Jatene na convenção para
disputar com ele a indicação da candidatura ao governo. Recuou depois, mas
ontem deixou claro, em certo tom de desafio, que conserva lastros fortes dentro
do partido e tratou o governador com extrema frieza em seu discurso aos
convencionais.
Mário Couto citou Jatene,
de passagem, uma única vez, sem hostilizá-lo, como temiam pessoas
historicamente ligadas ao PSDB, mas também sem demonstrar o menor entusiasmo
pela reeleição do governador. Couto foi enfático, sim, na defesa de votos para
os candidatos do PSDB à Assembleia Legislativa, à Câmara dos Deputados, ao
Senado – no caso, ele próprio –, e à Presidência da República, Aécio Neves.
Uma alta fonte do PSDB,
estreitamente vinculada ao partido no Pará desde a sua criação, em 1988,
classificou como “natural” o lançamento de quatro candidatos ao Senado pela
coligação. O que acontece, segundo ele, é que a aliança é integrada por um
número muito grande de partidos, vários deles com nomes competitivos para se
lançarem à disputa. No caso de Mário Couto, ele observou que o hoje senador era
candidato natural à reeleição. “O governador Simão Jatene sempre disse que não
seria empecilho, como de fato não foi, a que o partido tivesse candidato
próprio”, acrescentou.
Fonte: Diário
do Pará
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