“HELDER VAI SER ELEITO GOVERNADOR”, GARANTE LULA EM BELÉM-PA
O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva chegou à convenção do PMDB por volta das 19h40 de ontem, 30, e, para não
fugir ao seu estilo, fez um discurso emotivo, que tocou fundo no coração da
militância dos partidos presentes. Começou lembrando da sua primeira e
histórica campanha presidencial de 1989 e fez uma fala voltada para o
preconceito de parte da sociedade brasileira que naquela época achava
impossível que um metalúrgico sem diploma pudesse ser presidente da República,
fazendo uma analogia para os tempos atuais fazendo uma dura crítica ao
preconceito que a presidente Dilma sofre hoje. “Não há eleição fácil que se
ganhe antes da hora e difícil que seja impossível vencer”, ensinou Lula.
O ex-presidente disse que
ao ganhar sua primeira eleição em 2002 sabia que não podia errar. “Sabia que
era possível ouvir o povo e transformar tudo em políticas públicas que
transformaram esse país. Fizemos no Brasil em 12 anos o que demoraram um século
para fazer”, contou, citando números dos governos do PT que criou 365 escolas
técnicas, aumentou o número de estudantes universitários de 3 milhões para 7,5
milhões e a criação de 10,5 milhões de empregos com carteira assinada, além de
promover o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), o
maior programa de financiamento educacional do mundo atualmente.
Lula ressaltou que não se
pode fazer política pensando pequeno. “Provamos que governamos para todos e
estou aqui hoje para dizer que o Helder Barbalho vai ser eleito governador do
Pará e que é possível governar com o povo e com eficácia para transformar esse
Estado”, disse Lula, sendo ovacionado pelos milhares de militantes.
Ele deixou claro que
atualmente existem dois projetos em disputa: o que pretende avançar ainda mais
no social e nas políticas públicas e o que quer voltar ao retrocesso de 15 anos
atrás. “Helder governador e Paulo Rocha senador representam a nova política, a
política que em 12 anos transformou a vida de milhões de brasileiros para
melhor. Virei aqui com muito orgulho outras vezes nessa campanha e mostrar ao
povo daqui que é possível se construir um novo Pará. Com Helder no governo o
povo do Pará terá uma chance extraordinária e ter orgulho do seu Estado”,
destacou.
CONTUNDENTE
O candidato ao senado
Paulo Rocha fez um discurso contundente com alvo certo: a militância do PT que
contesta o fato do partido não sair com candidatura própria e de integrar uma
coligação com a participação do Democratas (DEM). “Foi um custo enorme
construir essa aliança. Foi duro, mas para mudar o que está aí teríamos que
buscar democraticamente aqui outras forças políticas como ocorreu
nacionalmente, mas o PT entendeu que construir uma aliança acima de diferenças
políticas para acabar com o retrocesso era maior do que qualquer coisa. O PT
compreendeu que estamos no caminho certo”, ressaltou.
Rocha lembrou que o grupo
político comandado pelo atual governador comanda o Pará a quase 20 anos e
colocou o Estado em letargia, mergulhado no atraso. Ele reconheceu as
diferenças ideológicas do PT com o DEM mas o debate interno dentro da legenda
esclareceu que o PT está no caminho certo e vai ajudar a eleger Helder
governador e Paulo Rocha Senador.
“As divergências
partidárias e de concepção são menores que as diferenças regionais que
historicamente atravancam nosso desenvolvimento. Construímos uma aliança para
um projeto de Estado que vai mudar o Pará. O PT não tem do que se envergonhar,
de ser o que somos e de fazer o que fazemos”, garante o candidato ao Senado,
para uma plateia que incluía a ex-prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins,
e o deputado federal Cláudio Puty, que compareceu à convenção para avalizar a
coligação PT/PMDB/DEM.
Fonte/Foto: Diário
do Pará/Antonio Cicero
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