CAMPANHA PELA PRESERVAÇÃO DO BOTO DA AMAZÔNIA TOMA PRAIA DA PONTA NEGRA, EM MANAUS
A matança desse animal é ilegal, mas comum na região.
A campanha Alerta Vermelho busca conscientizar população sobre a importância de
proteger esse mamífero e também angariar fundos para preservá-lo
População de boto-vermelho vem diminuindo 10% ao ano,
segundo levantamento do Inpa
Durante este final de
semana, em Manaus, o Complexo Turístico Ponta Negra, na Zona Oeste da capital,
recebe a campanha Alerta Vermelho, que visa conscientizar e sensibilizar a
população quanto a necessidade de proteção e preservação do boto da Amazônia. A
matança desse animal é ilegal e comum na região, e tomou proporção de denúncia
nacional esta semana.
Na prática, os animais são
mortos para que a carne deles sirva como isca para a pesca da piracatinga
(Calophysus macropterus), peixe carniceiro que é atraído pelo cheiro da carne
de boto. Além de matar e usar botos como isca, pescadores enganam os
consumidores vendendo a piracatinga com o nome de “douradinha”, comum nas
feiras e mercados de Manaus.
Anualmente, 2,5 mil botos
são mortos em municípios do Amazonas e Estados vizinhos para servir de isca na
pesca da piracatinga, também conhecido como urubu d’água. Na campanha, as
pessoas podem ajudar na proteção do mamífero assinando uma petição, no site
www.alertavermelho.org.br ou doando R$ 100 para a campanha.
Na Ponta Negra, em parte
da praia, foi instalada uma réplica gigante do boto em forma de inflável, com
12 metros de comprimento, além de barracas para distribuição de informes de
combate à matança. A ideia é levar a campanha, com o próprio inflável gigante,
para outras cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, ainda este ano.
A programação inicia 9h e
termina às 17h30. Toda a campanha é desenvolvida pela Associação Amigos do
Peixe Boi (Ampa) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), com
apoio da Prefeitura de Manaus, do Instituto Municipal de Ordem Social e
Planejamento Urbano (Implurb), e do Ministério Público Federal. O boto é um
animal protegido por lei desde 1967.
Fonte/Foto: acrítica.uol.com.br/Divulgação
INPA
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