COPA 2014: CIDADE DE MANAUS COMEÇA A GANHAR AS CORES VERDE E AMARELA DA SELEÇÃO BRASILEIRA

Rua da Paz, na Compensa, ornamentada para a Copa do Mundo em Manaus

Há nove dias para o início da Copa do Mundo a capital amazonense está empolgada e pronta para receber o Mundial

O verde e amarelo invadiu as principais ruas de Manaus. A nove dias para o início da Copa do Mundo, o CRAQUE visitou vários bairros e constatou que a capital amazonense está empolgada e pronta para receber o maior evento de futebol do Planeta. Nos quatro cantos da cidade é possível encontrar ruas enfeitadas com bandeiras do Brasil e do Amazonas, desenhos do Fuleco e também da camisa 10 da Seleção Brasileira.

Rua Santa Izabel, na Praça 14, Beira Rio, no Coroado, Leonardo Malcher, no Centro, 24 de Agosto, no Morro da Liberdade e rua 3, no Alvorada, são alguns exemplos de que o manauara é mesmo um povo festeiro, unido e muito criativo.

Depois de ver a mãe fazer tapetes com retalhos de pano em sacos de farinha, o DJ Pedro Marinho teve uma ideia para “arrumar” a rua Beira-Rio, no Bairro Coroado, Zona Leste, ainda para a Copa de 2010 – quando a Espanha foi à campeã.

“A ideia de fazer bandeiras com TNT surgiu quando vi a minha mãe fazendo tapetes. Aí eu fui falando com os vizinhos e todos se uniram para comprar o TNT e também para enfeitar as ruas. E é claro que, esse ano, com a Copa na nossa casa, não poderia ser diferente. Enfeitamos a rua para assistirmos juntos aos jogos da Seleção”, disse Marinho.

Na Compensa, Zona Oeste da cidade, também vai ter Copa. Na Rua da Paz, moradores correm contra o tempo para deixar tudo pronto em verde e amarelo.

Fazer festa e arrumar a rua para a Copa do Mundo é tradição desde 1994, na rua 3 do Alvorada - conhecida também como “quintal da Arena da Amazônia Vivaldo Lima”. Seu Emídio Lopes, de 65 anos, é um dos idealizadores do projeto de decoração.

“Sempre gostei muito de Copa. Em 94, quando o Brasil conquistou o tetracampeonato, eu e mais alguns moradores decidimos enfeitar a rua e isso virou uma regra. Desde então, quando chega a época da Copa nós nos unimos, buscamos ajuda e trabalhamos muito para que a rua 3 seja uma das mais bonitas de Manaus”, revelou Lopes - que fez questão de dizer que o local já ganhou vários concursos locais e até nacionais.

“Em 2010 ganhamos como a melhor ‘Rua da Copa’ e agora estamos batalhando pelo bicampeonato. E este ano, também vamos concorrer a um concurso nacional”, completou.

O trabalho na avenida Leonardo Malcher, no Centro, também é intenso. Enquanto o funcionário público Zezinho Vascaíno amarra bandeirinhas, outras pessoas fazem desenhos com símbolos da Copa no asfalto.

“Este ano, nós tivemos um pouco de dificuldade para comprar o material. Conseguimos desconto em algumas bandeirinhas, mas não foi suficiente”, comentou Zezinho.

“Mas o trabalho segue em ritmo acelerado, nossa ideia é que tudo esteja pronto no domingo. Devemos começar a fazer o portal - que vai ficar no início da avenida - nos próximos dias”, pontuou.

Na rua Santa Izabel, Praça 14 de Janeiro - que tem uma bandeira enorme do Brasil - uma réplica do Teatro Amazonas, quase concluído, está na entrada da via - que também é tradição nas Copas do Mundo.

“Nós acreditamos que, de alguma forma, a nossa energia chega na Seleção Brasileira e os jogadores ficam ainda mais motivados. Por isso, fazemos questão de arrumar a nossa rua da melhor maneira possível e também de torcer juntos pelo Brasil”, comentou Jucimar Pinto - mais conhecido como Simbá, um dos coordenadores da Santa Izabel.

A tradição também está presente na rua 24 de Agosto, Morro da Liberdade, Zona Sul. Moradores animados e concentrados não medem esforços para pintar o local de verde e amarelo.

“Nós começamos a enfeitar a rua no dia 2 de fevereiro. Por aqui as pessoas são muito unidas e por isso tudo dá certo. Nós temos uma bandeira do Amazonas com 30 metros, a camisa da Seleção, além da bandeira da Inglaterra e da Itália, que devemos concluir neste fim de semana. Este ano estamos preparando uma grande surpresa para o nosso portal”, disse Aldo Barbosa, artista plástico.

Fonte/Foto: Lorenna Serrão – ACRITICA/Antonio Lima