COM CHEIA DO RIO, PERDA NO COMÉRCIO JÁ ULTRAPASSA R$300 MI EM SANTARÉM-PA
Funcionários são demitidos devido à queda no
faturamento de empresas.
Lojistas buscam soluções para problemas ocasionados
pela cheia do rio.
A cheia do Rio Tapajós tem
ocasionado transtornos aos comerciantes de Santarém, oeste do Pará. De acordo
com o Sindicato do Comércio Lojista (Sindilojas), Associação Comercial e
Empresarial (Aces) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o prejuízo no
comércio santareno já ultrapassa R$300
milhões por causa da enchente deste ano. O estudo foi encomendado para o
Instituto Ceama, coordenado pelo economista José de Lima.
Vários lojistas já
demitiram funcionários, porque o faturamento não está sendo suficiente para
manter os salários. “Demitimos vários funcionários, não só aqui, como outras
empresas também demitiram. É difícil uma empresa manter um quadro de
funcionários quando o movimento cai em uma proporção bem maior do que é
suportável”, conta o lojista Bena Santos.
Em um trecho da Avenida
Tapajós, que vai da Capitania dos Portos até a Travessa Assis de Vasconcelos, o
movimento é baixo, devido ao alagamento da rua que dá acesso O empresário José
Diones conta que durante três meses sua loja fica sem movimento, pois trabalha
com venda e serviço para manutenção de veículos. “É uma situação muito inviável
porque quando isso acontece interditam e essa parte fica inviável para a
passagem de carros”.
Uma reunião foi realizada,
na tarde desta terça-feira (3), no mini auditório da Câmara de Vereadores para
encontrar soluções adequadas e definitivas para os problemas enfrentados no
comércio devido a cheia do rio. Representantes da Defesa Civil, lojistas,
vereadores e engenheiro civil participaram da discussão com o objetivo de elaborar
um projeto para ser entregue ao Ministério das Cidades.
Donos de lojas, hospital
particular, lanchonetes e hotel estão com prejuízo em torno de 50%. Para o
lojista Erick Parente é importante discutir soluções para enfrentar o período
de cheia do rio. “Nesses últimos seis anos constantemente a gente tem sofrido
com o alagamento com essa enchente do rio que traz enormes prejuízos para o
comércio, como queda no faturamento de 40% a 50%, além dos transtornos de
mau-cheiro, da poluição, do esgoto, da zoada dos motores das bombas. O momento
é de discutir, de reunir os setores públicos, produtivos e privados e discutir
uma solução definitiva para esses casos de alagamentos”.
O engenheiro Jorge Hamad
explica que uma das alternativas é elevar o nível das ruas e tubulações. “A
ideia é elevar o nível das ruas, principalmente elevar o nível da tubulação ou
das tubulações que fluem para o rio. Esse é um projeto que tem ser baseado
nisso”.
Segundo a Capitania dos
Portos de Santarém, na medição realizada na terça-feira (3), o nível do Rio
Tapajós registrou 8,10 metros, enquanto que na segunda-feira (2) foi registrada
a marca de 8,12 metros.
Fonte/Foto:
g1.globo.com/Vera Pereira


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