ARTIGO DO MONTE JÚNIOR: JOAQUIM TESEU
Nem mesmo o ministro Celso
de Melo, o decano da casa, chorou algumas pitangas pela aposentadoria precoce
de Joaquim Barbosa, coisa que ele é acostumado fazer, vide Ayres Brito e Cezar
Peluzzo. Os outros magistrados de degraus inferiores aplaudiram a declaração.
As corporações de
magistrados emitiram notas de satisfação. Os representantes do Ministério
Público também demonstraram alívio com a notícia. Os advogados .... aí eu paro!
E digo... sou advogado e minha escola do EU-SOZINHO, me ensinou a nunca fazer
salamaleques para juízes e promotores... Não aprendi a bajular, a envaidecer
com comentários hipócritas os magistrados... Minhas relações com os aplicadores
das leis sempre foram nos autos, nas audiências e nas sustentações orais que
fiz, faço e farei por um bom tempo, se o grande arquiteto do universo deixar.
Mas certa vez, quando defendia uma entidade sindical do Amazonas, fui ao STF.
Agendei uma conversa com o
ministro Joaquim Barbosa sobre o
processo do qual ele era o relator. Sempre direto e sem rodeios fui, falei, ele
me ouviu, fez algumas indagações, a conversa descambou um pouco para o
Amazonas, ele chamou um assessor instruiu o que tinha que fazer e eu sentindo que estava satisfeito,
agradeci e ele desejou sucesso na mina profissão... Conversa de uns 25 minutos.
Saí dali com o dever cumprido. Passei a desconfiar dos colegas que jogam pedras
e tecem comentários negativos contra o ministro.
Tenho agora a certeza de
que ele enfrentou o MINOTAURO que transita nos tribunais do Brasil ... Não
matou , mas por muito tempo será lembrado por deixar a fera humilhada e ferida
mortalmente.
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