VICE-GOVERNADOR DO PARÁ PEDE APOIO DA MAÇONARIA PARA O COMBATE À POBREZA NO ESTADO
Os mais graduados maçons
paraenses e dois líderes internacionais da irmandade acompanharam, na noite da
última quinta-feira, 1º, um pronunciamento do vice-governador do Pará,
Helenilson Pontes, convidado a participar das comemorações pelo 185º
Aniversário do Supremo Conselho. Na ocasião, ele conclamou os membros do grupo
a unirem esforços junto ao Governo do Estado para o combate à pobreza e à
desigualdade. “O Pará vive um paradoxo: é o 12º Produto Interno Bruto do Brasil
e tem dois milhões e meio de paraenses vivendo abaixo da linha de pobreza”,
pontuou Helenilson. “Vivemos uma distorção federativa que pune a nossa
sociedade. O desafio do Pará de corrigir essa situação é também o desafio da
Maçonaria”, afirmou.
Distinguido com a Comenda
Comemorativa do 185º Aniversário do Supremo Conselho, o vice-governador, com
esse discurso, provocou os mais de 100 maçons presentes à Grande Loja do Pará a
reassumirem um papel que já lhes pertenceu no passado: o de protagonistas de
transformações políticas e sociais não somente no Brasil, onde há 150 mil
operadores da Maçonaria, como em todo o Mundo, por onde se espalham seis
milhões de iniciados.
Antes do pronunciamento de
Helenilson, na abertura do evento, o grão-mestre do Pará, Jose Nazareno
Nogueira Lima, já havia dado à palestra um tom engajado, incomum na maioria das
reuniões das Lojas Maçônicas, hoje mais dedicadas à filantropia e à propagação
dos preceitos da igualdade, fraternidade e liberdade, de forma discreta, entre
seus membros.
“O Estado do Pará está
sofrendo. A Amazônia está pedindo socorro. Estamos sendo saqueados e precisamos
dar um basta nisso”, disse Nazareno, ao saudar os demais grãos-mestres de quase
todas as 27 unidades federativas do Brasil. Ele se referia à mesma distorção
destacada por Helenilson: o Pará, um dos Estados mais ricos do País, não recebe
da União as devidas compensações por essa riqueza determinante para o
desenvolvimento do País. “Uma parte dessa riqueza deveria ficar com o nosso
povo para promover o bem-estar da nossa gente”, disse.
Esses dois discursos foram
os mais contundentes da celebração. Entre um e outro, os maçons seguiram à
risca a tradição, reproduzindo os rituais solenes da irmandade, repletos de
simbolismo que fazem alusão ao comportamento moral e espiritual dos seguidores.
Dezenas de medalhas e diplomas foram distribuídos aos operadores e
homenageados, entre os quais estavam representantes de todos os Poderes
Federativos: Executivo, Legislativo e Judiciário, além do chefe maior do
Exército na Região Norte.
Após os discursos e a
distribuição das comendas, os maçons e convidados participaram de um coquetel.
Até domingo, as comemorações prosseguem em Belém, com a participação de
grãos-mestres do Pará, Acre, Rondônia, Tocantins, Amazonas, Maranhão, Piauí,
Bahia, Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Brasília, Goiás, Santa Catarina e
Paraná, ou seus representantes, e de membros do Grande Conselho e do Santo
Império, bem como as maiores autoridades maçônicas do Haiti e de Portugal.
A Maçonaria é descrita
como uma instituição filosófica, filantrópica e educativa. Seus fundamentos são
milenares e praticados de acordo com a orientação de três vertentes: a
Anglo-Saxônica, com raízes religiosas; a Francesa, que é mais racionalista; e a
do Rito Escocês Antigo e Aceito (em que se enquadram a Grande Loja do Pará e o
Supremo Conselho). Cada vertente tem procedimentos próprios, mas o mesmo
objetivo, que é o aprimoramento moral dos seus obreiros.
Na História do Brasil, a
Ordem Maçônica teve participação ativa na Independência declarada por Dom Pedro
I, na libertação dos escravos, na Inconfidência Mineira e na proclamação da
República. Entre os maçons ilustres, costuma-se citar o próprio ex-imperador do
Brasil, Dom Pedro I, além de José Bonifácio, Floriano Peixoto, Prudente de
Morais, Campos Salles, Nilo Peçanha e os músicos Ludwig Von Beethoven e Wolgang
Amadeus Mozart.
Fonte/Fotos:
Paulo Silber - Secretaria de Estado de Comunicação
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