PROTESTO CONTRA PREFEITO DE JURUTI-PA É SUSPENSO
As manifestações contra a
gestão do prefeito de Juruti, Marquinho Dolzane (PSD), estão suspensas. A
decisão foi firmada ontem à tarde (15) entre as principais lideranças do
movimento “Acorda Juruti”.
“O movimento permanece em
estado de alerta”, esclareceu ao blog o advogado Dilton Tapajós, da Acorjuve
(Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho), uma das entidades
populares mais influentes do município.
Os protestos começaram na
terça-feira (13).
Quarta feira, 14, foi o
dia mais tenso. Cinco pessoas saíram feridas no confronto com a PM em frente ao
prédio da Prefeitura de Juruti. Em nenhum momento o prefeito Marquinho Dolzane
cedeu para dialogar com os manifestantes, segundo Tapajós.
“Desde de 2013, ele
assumiu a administração que entidades civis organizadas, movimentos populares,
comunidades rurais, associações de bairros e outras associações representativas
de Juruti vêm tentando insistentemente audiência com o prefeito, com objetivo
específico de ver atendidas as necessidades básicas, mas tem sido em vão”,
relata Dilton.
Abaixo, algumas das
reivindicações dos manifestantes:
Energia:
Por descuido do governo
municipal, o Programa Luz Para Todos – “Programa de Obras 2011/2014” – poderá
deixar de atender mais de 1.700 residências nos assentamentos federais PAE
Juruti Velho e PA Socó I (ambos afetados pela ALCOA), uma vez que o prefeito não
executou as aberturas de acessos e outros serviços para possibilitar o
posteamento e a distribuição dos fios, como se comprometeu em 22.05.2013, por
ocasião da reunião com o secretário da Secretaria de Energia Elétrica do
Ministério de Minas e Energia, Brasília.
Estradas:
Na região Planalto Mamuru,
por exemplo, é impossível o transporte de produtores e de suas produções, assim
como está impedindo de as crianças frequentarem as escolas.
Habitação:
Marquinho Dolzane não dá a
mínima explicação sobre o cadastramento para o programa Minha Casa, Minha Vida,
muito menos sobre em qual área fará tais construções.
Saneamento:
O prefeito alardeou aos
quatro cantos que tão logo aprovado o Planejamento Orçamentário Participativo,
o POP, obras de infraestrutura de saneamento e sanitária seriam iniciadas,
pondo em prática o Plano Diretor de Macro e Microdrenagem.
Água:
Nas comunidades faltam
microssistemas, e na cidade, por causa dos constantes apagões e pela falta de
gerenciamento, tem havido constantes interrupções no fornecimento para as
residências.
Educação:
O problema é gravíssimo,
pois há atraso no pagamento de professores e outros trabalhadores da educação,
bem como o não fornecimento de merenda escolar, contratação de professores por
indicação política, atraso no pagamento do transporte escolar e no combustível
que abastece as lanchas escolares, o que deixa os alunos sem transporte, sendo
que em algumas comunidades os pais estão indo deixar seus filhos em rabetas.
Saúde:
Falta de medicamentos e
profissionais nos postos de saúde das comunidades, postos de saúdes abandonados
e outros para construir, bem como falta de médicos para atendimento, entre
outros.
Fonte/Foto:
jesocarneiro.com.br/Janicélio Souza


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