POLÍCIA PRENDE INTEGRANTES DE QUADRILHA QUE ROUBOU 40 QUILOS DE OURO EM ITAITUBA-PA
Fábio da Cruz foi preso em Mato Grosso e Rosimere
Ferreira foi presa em São Paulo
A Polícia Civil do Pará
cumpriu na capital de São Paulo e em Várzea Grande, no Estado de Mato Grosso,
dois mandados de prisão temporária decretados pela Justiça de Itaituba,
Sudoeste do Pará, contra duas pessoas envolvidas em um golpe milionário contra
dois empresários do município. As prisões foram realizadas, na sexta-feira, 2,
por policiais civis da Superintendência Regional do Tapajós, com apoio das
Polícias Civis de São Paulo e de Mato Grosso. Os presos são acusados de
subtrair, por meio de um golpe, 40 quilos de ouro avaliados em cerca de R$ 3
milhões. Eles fazem parte de uma quadrilha interestadual de estelionatários,
que age em todo país, formada por mato-grossenses e paulistas. Os presos devem
ser transferidos, para a sede da Polícia Civil, em Itaituba, neste domingo.
Outras pessoas também
estão envolvidas com o grupo, entre elas um empresário de origem francesa,
estabelecido em Belém, o qual também teve mandado de prisão decretado e
permanece foragido. As investigações feitas durante a operação denominada
“Stellium”, duraram cerca de quatro meses. Segundo o delegado Jardel Guimarães,
titular da Superintendência Regional do Tapajós, sediada em Itaituba, um dos
presos é Fábio da Cruz da Silva, que foi preso, no Mato Grosso, pelo
investigador Paulo Gennaro Moreira, com apoio da Polícia Civil do Estado. Já,
em São Paulo, o delegado Kleber Pascoal, com apoio da Polícia Civil de São
Paulo, localizou e prendeu a outra envolvida no esquema, Rosimere Benício
Ferreira.
A operação policial,
detalha o policial civil, contou com total apoio da Delegacia-Geral, por meio
da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), da Secretaria Adjunta de
Inteligência e Análise Criminal (SIAC), e do Núcleo de Apoio à Investigação
(NAI) do Oeste do Pará. Ainda, conforme Jardel Guimarães, as vítimas dos
golpistas são dois irmãos, que atuam como empresários no ramo de comércio de
ouro, na área do garimpo Tabocal, em Itaituba. O delegado explica que o crime
foi cometido em 24 de dezembro do ano passado. Na época, detalha o delegado, o
grupo de golpistas entrou em contato com as vítimas, inicialmente por telefone,
alegando que eram empresários de Brasília, no Distrito Federal.
Na ocasião, os
estelionatários, para convencer as vítimas, alegaram que estavam interessados
em comprar 40 quilos de ouro. Ainda, conforme as investigações, os golpistas
chegaram a marcar dois encontros com as vítimas para fechar a compra do
produto. Um dos encontros ocorreu em também em um hotel. No dia da compra, os
estelionatários foram até Itaituba e apresentaram aos empresários quatro
maletas com cédulas de real. Eles chegaram a abrir e a conferir parte do
dinheiro na frente das vítimas, no ato da compra do ouro. Após efetuar a venda
do produto, os empresários descobriram que foram enganados. Somente R$ 15 mil
dos supostos R$ 3 milhões eram em notas verdadeiras. As demais eram falsas. A
essa altura, os golpistas já haviam fugido de Itaituba.
A FUGA
Durante as investigações,
a Polícia Civil tomou conhecimento de que o bando deixou o município em um
avião particular, que seguiu viagem para o Estado do Mato Grosso. Parte da
carga de ouro, cerca de 20 dos 40 quilos, chegou a ser recuperada durante uma
operação feita por agentes da Polícia Federal, em Várzea Grande. Durante o
inquérito policial, a Polícia Civil apurou que, entre os envolvidos no crime,
estava o piloto da aeronave, Fábio da Cruz da Silva, preso em Várzea Grande. Já
Rosimere Ferreira teve participação direta no esquema fazendo os contatos por telefone
com o empresário e também esteve pessoalmente no garimpo, em Itaituba, para
acertar a compra do ouro. Ela permanece recolhida no DEIC (Departamento
Estadual de Investigações Criminais), da Polícia Civil paulista. Já Fábio está
recolhido na Delegacia de Várzea Grande. O delegado explica ainda que outros
envolvidos com a quadrilha foram presos, há um mês, em um hotel, em Teresina,
no Piauí, com malas carregadas de notas falsas, no mesmo esquema criminoso. As
investigações prosseguem para identificar outros envolvidos no crime.
Fonte/Foto:
RG 15/O Impacto e Polícia Civil
Nenhum comentário:
Postar um comentário