PARÁ CERTIFICADO COMO “LIVRE DA AFTOSA”
Pecuária sadia - Certificação será entregue pela OIE
em Paris, ainda no final deste mês
O Estado do Pará vai
receber da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), juntamente com outros
sete estados brasileiros, o reconhecimento de área totalmente livre de febre
aftosa. A certificação internacional será repassada ao Brasil e ao Pará, por
meio de representantes dos governos federal e estadual durante a 82º assembleia
geral da OIE, que acontecerá em Paris (França), de 28 a 30 de maio deste ano,
ocasião em que também serão celebrados os 90 anos do Brasil como membro
fundador da organização internacional.
Além do Pará, os estados
de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará, Paraíba e Maranhão
também serão contemplados com o reconhecimento internacional de 100% livre de
febre aftosa, fato que contribuirá significativamente com a economia brasileira
e a economia dos respectivos estados a partir do setor pecuarista.
A busca pela mudança de
status sanitário passou pela determinação de investimentos tanto do governo do
Estado do Pará, como do governo federal em torno das ações de defesa
agropecuária e pela conscientização dos pecuaristas do Pará. Juntos, produtores
e técnicos da defesa agropecuária cumpriram as etapas exigidas pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Dessa forma, os municípios que
integram as áreas II e III, Baixo Amazonas e Marajó tiveram suas propriedades
reconhecidas como livre de febre aftosa.
No Pará, apenas os 44
municípios do sul e sudeste, que fazem parte da área I possuem o reconhecimento
nacional e internacional como livres de febre aftosa, portanto, somente
propriedades rurais desses municípios podem comercializar nacionalmente e
exportar o gado para regiões que já possuem a certificação.
NOVO STATUS
Esse cenário começou a
mudar efetivamente em agosto de 2013, ocasião em que se consumou o
reconhecimento nacional por meio do Ministério da Agricultura. A certificação
nacional oficializada em cerimônia realizada no município de Paragominas contou
com a presença de representantes do Ministério da Agricultura, do governador
Simão Jatene, da equipe de governo do setor produtivo, de Sálvio Freire e Mario
Moreira, o atual e ex diretor da Adepará, respectivamente, e credenciou os
demais municípios paraenses que integram as regiões nordeste, Baixo Amazonas e
Marajó a buscar o reconhecimento
internacional.
No próximo dia 28 de maio,
esses municípios, que agora apresentam o status sanitário como livre de febre
aftosa, recebem o reconhecimento internacional dos 187 países signatários da
OIE.
Com a certificação
internacional a ser conferida pela OIE, o gado paraense e dos demais estados do
nordeste brasileiro vão se igualar sanitariamente e economicamente aos bovinos
dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais
e Santa Catarina.
Os dados da Adepará de
2013 confirmam que o efetivo bovino do Estado, que reúne as áreas I, II, e III
e mais a Ilha do Marajó, já superou os 21 milhões de cabeças. Os 44 municípios
que integram a área 1, por exemplo, somam juntos um efetivo bovino de
16.049.068 milhões de cabeças. Em relação a maio de 2013, o plantel cresceu
aproximadamente 3% na referida região. Entre os municípios com potencial para
pecuária que mais se destacam com relação ao quantitativo do bovino estão São
Félix do Xingu (1), Marabá (2), Novo Repartimento (3) e Santana do Araguaia
(4).
A cada ano, a participação
brasileira no comércio internacional vem crescendo, com destaque para a
produção de carne bovina, e também a suína e de frango. Segundo o Ministério da
Agricultura, até 2020 a expectativa é que a produção nacional de carnes suprirá
44,5% do mercado mundial. Já a carne de frango terá 48,1% das exportações
mundiais e a participação da carne suína será de 14,2%.
Fonte/Ilustração: ormnews.com.br


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