SUPERINTENDENTE DE RONDÔNIA É PRESA POR FORMAÇÃO DE QUADRILHA E PECULATO
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Objetos apreendidos na operação Trama. |
Servidora é a mesma que foi
denunciada por auditores por interferência política em fiscalizações. Sindicato
dos auditores havia pedido ao ministro sua substituição
Ludma
de Oliveira Correa Lima, superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em
Rondônia, foi presa temporariamente em operação conjunta realizada pelo
Ministério Público Federal (MPF), pela Polícia Federal (PF) e pela
Controladoria Geral da União na manhã da última sexta-feira, dia 28. Ela foi
uma das investigadas pela Operação Trama, organizada com o “objetivo de
desarticular organização criminosa composta por servidores públicos,
empresários e particulares responsáveis por fraudes no pagamento com cartões
corporativos, pagamento de diárias sem o correspondente deslocamento a serviço
e possíveis fraudes em licitações”, conforme informe da PF .
De acordo com a assessoria
de imprensa da PF, a servidora foi presa com base nos artigos 288 do Código
Penal, que trata de formação de quadrilha; e 312, que versa sobre peculato, ou
seja, desvio de dinheiro ou bens por funcionários públicos. A Repórter Brasil tentou ouvir a superintendente na manhã desta
segunda-feira, 31, mas seu celular está desligado e, de acordo com a PF, ela
segue detida.
Ao todo, seis mandados de prisão foram emitidos.
Segundo o informe, “a investigação apurou que viagens de servidores do MTE eram
simuladas, ocorrendo a inserção fraudulenta de dados no Sistema de Concessão de
Diárias e Passagens – SCDP do Governo Federal, com a consequente elaboração de
relatórios a fim de justificar o recebimento das diárias. Os servidores não só
permaneciam em seus locais de trabalho, como participavam de reuniões oficiais
e assinavam documentos, embora fisicamente não devessem estar presentes a tais
atos”. Ainda conforme o texto, a quadrilha cometeu abusos que ajudaram a
caracterizar os desvios. “A investigação apontou o desvio de dinheiro público
no uso dos cartões corporativos. As compras apresentavam valores redondos e bem
acima do limite permitido pela legislação vigente, sendo também direcionadas a
estabelecimentos comerciais desconhecidos, de localização duvidosa e atividades
econômicas não condizentes com os bens e serviços contratados.”
Interferência política
Ludma é a mesma servidora que, à
frente da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/RO), foi
denunciada em agosto do ano passado por interferência política em
fiscalizações. Na época, auditores reclamaram
publicamente que,
após tentativa de embargo de um canteiro de obras da Hidrelétrica de Jirau, no
rio Madeira, em Rondônia, a categoria passou a sofrer constrangimentos e
restrições. Censurados, os fiscais acabaram impedidos por meio de portaria
emitida por Ludma de fazer novos embargos sem sua autorização, mesmo constatado
o risco para trabalhadores e a necessidade de intervenções imediatas.
Leia mais> http://reporterbrasil.org.br/2014/03/superintendente-de-rondonia-e-presa-por-formacao-de-quadrilha-e-peculato/
Fonte/Foto: Daniel Santini – Repórter
Brasil/Divulgação PF
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