PARTE DA PM ANUNCIA GREVE NO AM EM PROTESTO EM FRENTE AO ESTÁDIO DA COPA
Categoria da Polícia Militar realizou manifestação em Manaus |
Categoria cobra benefícios trabalhistas, incluindo a
promoção dos praças.
Comando da Polícia Militar afirma que movimento
grevista é ilegal.
Atualizado em
28/04/2014 07h25
Mais de 500 policiais
militares fardados e à paisana, além de familiares da categoria, promoveram
manifestação na madrugada desta segunda-feira (28) em Manaus. Durante o ato,
parte do efetivo da Polícia Militar do Amazonas declarou paralisação das
atividades de segurança pública no estado. O protesto aconteceu em frente à
Arena Amadeu Teixeira, estádio de Manaus para a Copa do Mundo, localizada na
Avenida Constantino Nery, Zona Centro-Sul de Manaus.
O movimento foi organizado
pela Associação dos Praças do Estado do Amazonas (Apeam). Segundo o presidente
da entidade, Platiny Soares Lopes, a categoria realizou a manifestação para
chamar a atenção dos governantes locais. "Entramos em contato com o
governador e esperamos uma resposta dele. Só encerraremos a greve depois de ter
um documento assinado com nossas reivindicações atendidas", afirmou.
A principal reivindicação
da categoria é referente à formulação de planos de carreira para os soldados de
praça. De acordo com o soldado Gerson Feitosa, da 12ª Companhia Interativa Comunitária
(Cicom), não há perspectiva de crescimento para o PM recém-formado. "Tem
praça com mais de 20 anos de trabalho que não recebe a promoção. Infelizmente,
Manaus amanhecerá na segunda sem policiamento", disse.
Houve confusão durante o
protesto. Segundo líderes do movimento, policiais infiltrados da inteligência
da PM estavam no local. Alguns dos manifestantes chegaram a enfrentar os
agentes, mas os líderes da greve solicitaram que a briga fosse encerrada. "Nosso
objetivo é fazer com que entendam nossas reivindicações. Não vamos permitir
baderna ou qualquer tipo de violência", disse Plantiny.
As lideranças do movimento
disseram que PMs de outros oito municípios amazonenses aderiram à mobilização.
Os policiais militares de Parintins, Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Iranduba,
Humaitá e Presidente Figueiredo também teriam paralisado as atividades na noite
deste domingo (27). O Comando de Policiamento do Interior (CPI) negou que a
adesão do efetivo dos oito municípios.
Em entrevista ao G1, o
Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Almir David, afirmou que o
movimento é ilegal, já que policiais militares sem farda participaram
ativamente do ato. "A Legislação não permite essa greve. Estamos
monitorando a ação do Centro de Operações juntamente ao setor de inteligência
para analisar o que será feito", declarou o comandante.
Poucas horas antes da
manifestação, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) havia
descartado possibilidade de greve. Durante entrevista coletiva com a imprensa
local, o titular da SSP-AM, coronel Paulo Roberto Vital, afirmou que as faltas
registradas na tarde de domingo nas delegacias são consideradas normais.
"Eu só consideraria paralisação, se fosse 100%. Isso sim ia me preocupar.
E nem precisaria do Exército, que tem outras coisas para se preocupar",
comentou.
Ainda na noite de domingo,
o governador do Amazonas, José Melo (PROS), informou que visitou cinco
Companhias Interativas Comunitárias (Cicoms) no período da tarde para conversar
com os PMs sobre as reivindicações. Melo informou que se reunirá, nesta
segunda-feira (28), com técnicos do governo para revisarem a legislação de
promoção dos policiais que trabalham nas praças.
"Em seguida, vou
conversar com os representantes deles [praças], para aprimorar e encaminhar. Há
um claro oportunismo político. É fato também que a lei de promoção precisa ser
revisada e que o estado não se recusa a dialogar em cima disso", destacou
o governador.
Fonte/Foto:
G1 AM – Diego Toledano - *Colaborou Eliena Monteiro
e Adneison Severiano, do G1 AM.
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