MANAUS-AM: CERCA DE TRÊS MIL PROFESSORES FAZEM PASSEATA NO CENTRO E FECHAM TERMINAL DA MATRIZ
30 Abr 2014 . 11:39 h
O percurso iniciou da Praça do Congresso e chegou a
fechar o terminal da Matriz durante 20 minutos. Os professores da rede pública
reivindicam direitos trabalhistas.
Manaus – Aproximadamente
três mil professores das redes Municipal e Estadual de ensino realizaram, na
manhã desta quarta-feira (30), uma passeata no Centro de Manaus para
reivindicar direitos trabalhistas. O percurso iniciou da Praça do Congresso e
chegou a fechar o terminal da Matriz durante 20 minutos.
A ação é promovida pela
Associação Movimento de Luta dos Professores de Manaus (Asprom). De acordo com
o presidente Lambert Melo, o movimento é advertência.
A paralisação prejudicou
as aulas em escolas do Estado e do Município. A rede municipal de ensino já
estuda fazer reposição das aulas aos sábados.
“Este é o segundo dia de
paralisação, nosso objetivo é dar um recado ao governador José Melo. Pedimos a
ele que nos ouça e conceda o direito de negociação a nossas reivindicações. Já
conversamos com o Chefe da Casa Civil, Raul Zaidan, para intermediar uma
conversa com Melo até sexta-feira (3)”, disse o presidente.
Os servidores municipais
reivindicam a aprovação do plano de cargos, carreiras e salários (PCCS), além
do cumprimento das horas de trabalho pedagógico (HTP).
Já os professores da rede
estadual protestam para conseguir a aprovação da proposta de lei para a
implantação do vale transporte, ticket alimentação, plano de saúde, eleições
diretas para diretores, 20% de reajuste salarial para categoria, entre outros.
Lambert também falou sobre
o atraso do dissídio coletivo da categoria que está atrasado e a omissão do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam).
"Todo ano eles
atrasam. Fizemos uma carta para a sociedade apelando a aprovação de nossas
reivindicações. O sindicato é omisso e não nos representa", completou.
Na segunda-feira (28), o
presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas
(Sinteam), Marcus Libório, manifestou-se contrário a uma ameaça de greve feita
por um grupo de professores que se diz independente do Sinteam.
Conforme informações do
chefe da Casa Civil, Raul Zaidan, governo do Estado encaminhará hoje para
Assembleia Legislativa do Estado (ALE) os projetos de lei que tratam das
datas-base dos servidores da Educação, com aumento de 8,62%.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed)
informou que está em negociação com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação
do Estado do Amazonas (Sinteam). Sobre a data base dos professores, o
responsável pelas finanças da Prefeitura de Manaus está estudando a melhor
proposta possível para a categoria.
Para não causar nenhum
prejuízo aos alunos, os pedagogos, os gestores e os coordenadores do programa
Mais Educação foram orientados a realizar atividades extraclasse na quadra de
esportes, biblioteca, refeitórios e em outras áreas da unidade de ensino onde o
professor não comparecer. Caso necessário, as aulas serão repostas aos sábados.
A Secretaria de Estado da
Educação (Seduc) informou por meio de um comunicado que o Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) é o órgão legítimo de
representação dos educadores do Estado e, com ele, vem estabelecendo uma agenda
intensa de reuniões discutindo propostas de melhorias para a classe, das quais
muitas já foram viabilizadas como a revisão completa do Plano de Cargos,
Carreira e Remuneração da Seduc.
Sobre a paralisação
ocorrida no dia de hoje, a Seduc informou que de suas 242 escolas na capital,
21 delas tiveram suas atividades interrompidas no período matutino por conta da
ausência de professores.
Fonte/Foto:
Danilo Alves – d24am.com
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