CHEIA DO RIO AMAZONAS AVANÇA SOBRE A CIDADE DE ÓBIDOS, PA
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Águas do rio Amazonas, em Óbidos, já avançam parte das ruas às proximidades do cais |
Nível do rio marcou 7,74 metros nesta quarta-feira
(16).
Risco de haver famílias desabrigadas é maior na região
ribeirinha
As águas do Rio Amazonas
já avançaram sobre algumas ruas às proximidades do cais de Óbidos, no oeste do
Pará. Nesta quarta-feira (16), o nível do rio marcou 7,74 m, 19 cm acima da
marca registrada no mesmo período do ano de 2013, segundo informou o
coordenador da Defesa Civil do município, Lindomar Siqueira.
Algumas ações já estão
sendo desenvolvidas para permitir a trafegabilidade nessas áreas. A prefeitura
já começou a construção de passarelas para dar acesso às vias que são invadidas
pela água do rio e algumas ruas já foram interditadas.
De acordo com o
coordenador, o risco de haver famílias desabrigadas é maior na região
ribeirinha. “Ali existem 1.315 famílias, que residem nessas áreas que já estão
afetadas, mas ainda não estão desabrigadas. Agora, se ela [cheia] continuar subindo,
aí vai haver um problema maior”.
O município não decretou
situação de emergência e, segundo Siqueira, não há uma medição específica para
que isso ocorra. "Para que seja declarada situação de emergência, tem
muitos alagamentos, chuvas, enxurradas. Enquanto a gente tiver força para
segurar a cheia, a gente segura, quando não tiver como, o prefeito preenche os dados
e decreta. É feito um levantamento muito rígido, tem alguns critérios que eles
usam, como o prejuízo, que tem que estar acima de 2,77 da arrecadação líquida
do município. Isso envolve danos, muitos prejuízos", .
Atuação 4ª Redec
A Defesa Civil do
município faz diariamente o levantamento de como está o nível do rio e os
relatórios são repassados à 4ª Regional da Defesa Civil do Estado (4ª Redec).
A 4ª Redec atende a 14
municípios do Baixo Amazonas fazendo monitoramento contínuo da cheia. De acordo
com um dos técnicos do órgão, Augusto Riler, o município faz os primeiros
levantamentos da situação, alimenta um banco de dados do sistema nacional e, com
base nesses dados, soma informações até que se concretize a situação de
emergência. “O município é o primeiro que tem que agir e não pode deixar o
problema evoluir, isso é para qualquer município do país, não é só uma
realidade nossa”, explica.
Fonte/Foto:
g1.globo.com/Heranildo Silva Jr.
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