APÓS ESFAQUEAMENTO, ENTIDADES DEFENDEM ABRIGO PARA MORADORES DE RUA EM SANTARÉM

Esfaqueamento de morador de rua chamou atenção para problema.
Prefeitura promete espaço para este ano.
O esfaqueamento do morador de rua conhecido como “João Barba de Ouro” em Santarém, oeste do Pará, na madrugada desta sexta-feira (25) alertou para a ampliação das políticas públicas municipais voltadas para quem mora nas ruas da cidade. Atualmente, existe apenas um espaço para alimentar e dar acompanhamento psicológico a essa população, que vem aumentando nos últimos anos.
De acordo com coordenador da comunidade terapêutica Família Feliz, que recebe pessoas com dependência de drogas, José Carlos Lima, a necessidade de um espaço para quem vive nas ruas de Santarém está cada vez mais evidente. “Essas pessoas tiveram a infelicidade de conhecer a rua, seja pela rua ou outro problema familiar. E a rua vicia. Elas só encontram drogas e bebidas em um ambiente desumano. E um abrigo poderia resgatar nessas pessoas a necessidade de ter um lar”, enfatiza.
Para o terapeuta Omar Kostov, que voluntariamente também recebe dependentes de drogas em seu sítio na comunidade São Braz, na região do Eixo Forte, há necessidade de uma ação mais ampla voltada para os moradores de rua. “Não só pelo poder público, mas também por entidades e outras instituições, como as igrejas. Porque isso é um problema que envolve a sociedade em geral”, destaca.
Centro de referência
Em janeiro deste ano, a prefeitura de Santarém inaugurou o Centro de Referência Especializado em População de Rua (Centro POP), que realiza atendimentos psicológicos e sociais, além de oferecer alimento. Mas a coordenadora do espaço, Bernadete Mathias, entende que já há necessidade de ampliar as ações públicas para a população de rua com a construção de um abrigo “que o prefeito Alexandre Von já anunciou para este ano. Espaço já existe para as obras iniciarem no bairro Jardim Santarém”.
Segundo a coordenadora, esse projeto fortalecerá o que já é realizado pelo centro de referência. “São pessoas que não têm documentos, avaliação médica porque estão sem acesso às unidades de saúde. Então são necessidades muito mais amplas do que simplesmente o abrigo”, finaliza.

Fonte/Foto: G1 PA

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