ACONTECEU HOJE: EQUIPE DA TV LIBERAL É AGREDIDA POR POLICIAIS MILITARES EM MANIFESTAÇÃO
Repórter e cinegrafista tiveram equipamento
danificado.
Sindicato dos jornalistas repudia agressão.
O repórter Márcio Lins e o
cinegrafista Jairo Lopes, da TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará, foram
agredidos por policiais militares na manhã deste sábado (5). A equipe havia se
deslocado para a rodovia BR-316 para cobrir mais um dia de manifestações dos
soldados e cabos que reivindicam aumento de salário para a categoria, quando foram
cercados e agredidos por manifestantes. Segundo a associação de policiais e
cabos, a agressão foi feita por pessoas infiltradas nos protestos.
Desde a sexta-feira (4) a
TV Liberal acompanha o protesto, ouvindo a população, prejudicada pela falta de
mobilidade na principal roda de entrada e saída de Belém, além do governo e dos
manifestantes, que desde ontem tentam intimidar as equipes de reportagem.
O cinegrafista Jairo Lopes
foi golpeado pelas costas e teve o equipamento danificado. Márcio Lins chegou a
ficar inconsciente após o ataque. A equipe seguiu para a seccional de polícia
da Cidade Nova para registrar a ocorrência. De lá, seguem para o Centro de
Perícias Científicas Renato Chaves para exames.
O sindicado dos
jornalistas repudiou a ação dos agressores. "O sindicato entende a
manifestação de policiais, apoiamos as manifestações deles, mas não pode
tolerar que trabalhador agrida trabalhador. Os jornalistas estão nas ruas para
mostrar a realidade. Este episódio é triste e revoltante", disse Sheila Faro,
presidente do sindicato.
Por telefone, o sargento
Aelton Costa, da associação dos militares, disse que a agressão foi feita por
pessoas infiltradas na manifestação. "Quando acontece um movimento destes,
são muitos os agentes que querem se infiltrar no movimento para destruí-lo. O
movimento é legítimo, mas as pessoas infiltradas querem acabar com a
mobilização. Eles não são policiais, foram pegos e conduzidos para fora do
movimento. Inclusive, quem deu o apoio para a equipe foram os militares.
Trouxemos eles para cá e demos a primeira assistência", informa.
Apesar de ter informado
que os agressores foram identificados, o sargento deixa claro que o grupo que
teria sido responsável pela agressão não foi encaminhado para uma delegacia,
como deveria ser conduzido qualquer suspeito de crime semelhante. "A gente
discutiu com a classe. Ficamos preocupados de levar para a delegacia e criar
mais um problema para o movimento", conclui.
Fonte: G1 PA
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