VACINAÇÃO CONTRA O HPV COMEÇA NESTA SEGUNDA-FEIRA

Começa nesta segunda (10), em todo o Brasil, a campanha de vacinação contra o Papilomavírus Humano, o HPV, causador do câncer que mais mata mulheres no Estado do Pará: o de útero. O público-alvo são meninas de idade entre 11 e 13 anos, e no caso de indígenas, de nove anos em diante. A vacina deve ocorrer em três etapas, sendo a primeira agora em março, podendo ser feita até 10 de abril; a segunda em setembro; e a terceira em cinco anos.
A partir da primeira dose, a imunizada é inserida em um cadastro nacional que permite a realização das doses seguintes em qualquer posto de vacinação do país. O Pará inicia a campanha com, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), 1.200 salas de vacinação e com a vacina presente em todos os municípios.
O secretário de Estado de Saúde, Hélio Franco, informa que a meta é a imunização de 253 mil garotas em todo o Estado e reforça que a vacinação atinge um público restrito. “Inclusive é preciso que a criança esteja munida de algum documento de identificação na hora de ser vacinada, já que essa administração se restringe a meninas com idades de 11, 12 e 13 anos, e a partir dos 9 anos de idade no caso das indígenas”, alerta, reforçando a importância da inserção desse tipo de vacina no calendário regular de imunização.
A coordenadora estadual de Imunização da Sespa, Jaíra Ataíde, adianta que haverá mudanças no calendário de vacinação contra o HPV nos próximos anos. “No ano que vem, a vacinação será para meninas entre 9 e 13 anos, e em 2016, somente aos nove anos de idade. De um modo geral, a administração pode ocorrer entre 9 e 26 anos de idade, mas o ideal é que a imunização aconteça antes do início da vida sexual”, justifica. “Essa foi a estratégia que encontramos para iniciar uma mudança nas estatísticas de ocorrências do câncer de útero no Estado”.
“É importante que os profissionais estejam bem articulados e que as famílias ajudem nesse processo, já que o público adolescente não é lá de frequentar muito uma unidade de saúde, que faz parte de toda uma estratégia de prevenção que, associada à orientação às meninas que ainda vão iniciar a vida sexual, não dispensa a importância de serem incentivadas a se submeterem ao exame conhecido como papanicolau ou PCCU”, lembra Hélio Franco.

Fonte/Foto: Diário do Pará/Adauto Rodrigues

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