SANTARÉM-PA: ARTESÃO PRODUZ INSTRUMENTOS MUSICAIS COM MADEIRA RECICLADA
Produção
iniciou a partir do sonho de tocar violino.
Trabalho
do artesão está em exposição no Terminal Fluvial Turístico.
O aposentado e artesão Nilson Ferreira, de 65 anos (foto),
fabrica instrumentos musicais com madeira reciclada em Santarém, oeste do Pará.
Ele garante que aprendeu sozinho a técnica de fabricação. “A maioria eu faço de pinho, de caixa de
tomate, principalmente. Dá um bom instrumento, mais são pinho e madeiras que eu
encontro. Eu ando pela rua, enxergo [madeira] e trago para casa”, explica.
Ele iniciou a produção a partir de um sonho: tocar
e fabricar violino. O primeiro instrumento construído foi um violino, há 5
anos, que levou mais de um mês para terminar. “Eu sempre pensei que deveria
tocar uma música, mas eu tocaria em um violino, até que um dia eu resolvi fazer
e saiu o primeiro, com muita dificuldade”, lembra o artesão.
Após fabricar o primeiro instrumento, o aposentado
passou a utilizar um pequeno espaço de sua casa para a produção. Com o tempo,
Nilson começou a fazer banjo, violoncelo e violão.
Ele espera viver mais 25 anos, e trabalhando na
confecção de instrumentos musicais. “Eu tenho uma previsão de vida para 90
anos, eu nunca imaginei morrer antes. Então, ainda tenho 25 anos para fazer
violão e cavaquinho”.
Duas pessoas conhecidas na região pelo convívio com
a música, Djalma Pereira e Moacir Santos, aprovaram os instrumentos fabricados
pelo aposentado. “O trabalho está bom, bem afinadinho, bem certinho. Vale a
pena”, garante Moacir. “O Nilson tem muita coisa para produzir. É válido que
pessoas venham conhecer o seu ateliê e testar os instrumentos”, sugere Djalma.
Exposição
O trabalho do artesão está na exposição denominada
“Saia detrás da árvore” que ocorre no Terminal Fluvial Turístico de Santarém,
até o dia 18 de março. O evento conta com artesãos em início de carreira que
estão expondo seus produtos juntamente com profissionais mais conhecido, como
Dica Frazão e Rose Costa. A exposição sugere que os mais novos artesãos sejam
inseridos no mercado de trabalho e saiam do anonimato.
Fonte/Foto:
g1.globo.com
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