MANAUS-AM: EMPRESA FAZ RIQUIXÁS PARA CARGA E PASSAGEIROS E FATURA R$ 3 MILHÕES POR MÊS
A empresa Motocar, em
Manaus (AM), especializou-se na produção de riquixá, triciclo típico da Ásia
que tem uma cabine para passageiros (foto); clique nas imagens e veja os
modelos produzidos pela fábrica Divulgação
Sediada na Zona Franca de
Manaus, na capital do Amazonas, a empresa Motocar especializou-se na produção
de um veículo típico da Ásia: o riquixá, também conhecido como tuk-tuk, que é
um triciclo com uma cabine para passageiros.
Por mês, a fábrica produz
300 veículos e fatura, em média, R$ 3 milhões, segundo o diretor de marketing
Fábio Di Gregório, 24. Até o fim de 2014, a empresa quer triplicar a produção.
O valor médio de cada veículo é de R$ 10 mil para as revendedoras.
São três modelos de
triciclo disponíveis nas concessionárias: com cabine para dois passageiros, que
custa R$ 12,9 mil (para o consumidor final); com caçamba para cargas (R$ 13,9
mil); e com baú isotérmico (que mantém a temperatura de um produto) para o
transporte de mercadorias perecíveis (R$ 14,9 mil). A venda é feita por meio de
15 concessionárias da empresa espalhadas pelo país.
De acordo com Di Gregório,
os triciclos de carga têm motor de 200 cilindradas, carregam até 350 kg e
atingem até 60 km/h. "O foco das vendas são pequenos comércios de água,
gás, bebidas e grandes empresas que transportam mercadorias dentro de suas
fábricas ou em centros de distribuição", afirma.
Já o modelo para
passageiros tem motor de 150 cilindradas e pode chegar a 70 km/h. O veículo é
indicado para o serviço de mototáxi, segundo o diretor de marketing da empresa.
Em São Paulo (SP), por exemplo, o restaurante tailandês Tian utiliza o tuk-tuk
para buscar e levar clientes no bairro onde fica.
O serviço de mototáxi, no
entanto, não é regulamentado na capital paulista e em outras cidades do país.
Para pilotar o triciclo,
Di Gregório diz que é necessário ter habilitação para motos. O veículo conta
com uma série de itens de segurança como extintor de incêndio, cinto de
segurança, freio de mão, pisca-alerta, luzes de freio e de marcha a ré, entre
outros.
Os triciclos possuem
licenças do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Contran (Conselho
Nacional de Trânsito) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis) paracircularem em qualquer via pública do país,
segundo o diretor de marketing da Motocar.
"Foi um processo de
homologação que levou dois anos. Tivemos de nos adequar aos índices de
segurança, emissão de ruídos e de poluentes exigidos por estes órgãos",
declara.
Triciclo preenche espaço
entre moto e carro, diz empresa
Segundo Di Gregório, o produto
começou a ser desenvolvido em 2009, mas só foi lançado em 2011, por conta das
autorizações necessárias. Ele diz que o objetivo dos triciclos é preencher a
lacuna de preço entre motos e carros.
"Uma moto simples
custa em torno de R$ 6.000 e carrega uma carga mínima no baú, enquanto o carro
popular tem custo próximo a R$ 30 mil e despesas maiores com combustível",
declara.
O diretor de marketing da
empresa afirma, ainda, que foram investidos cerca de R$ 8 milhões na
estruturação da fábrica. A maior parte do recurso veio de uma empresa privada,
que é sócia no negócio.
Manutenção dificulta vida
dos clientes
Para o professor de
empreendedorismo do Insper Marcelo Nakagawa, o triciclo é uma solução
interessante para empresas que fazem o transporte de mercadorias em curta
distância, dentro de um bairro ou em cidades de pequeno porte, por exemplo.
"Será difícil um
triciclo cruzar uma cidade como São Paulo para fazer uma entrega ou para
transportar passageiros. É mais confortável e seguro utilizar veículos de carga
e táxis para essas situações", diz.
Nakagawa declara, ainda,
que a manutenção dos triciclos é uma dificuldade para os compradores do
produto. De acordo com a Motocar, os reparos nos veículos são feitos apenas
pela rede de concessionárias.
"Se o estabelecimento
não tiver a peça em estoque ou estiver com uma fila grande de triciclos para
consertar, o cliente ficará sem o veículo por alguns dias. Como o público da
fabricante são outras empresas, o prejuízo causado por um triciclo parado pode
ser grande", afirma o professor do Insper.
Serviço:
Motocar: (92) 3617-8450. Site: www.triciclosmotocar.com.br
Fonte/Foto: Afonso
Ferreira - UOL SP
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