CÂMARA APROVA EM 1º TURNO PRORROGAR ZONA FRANCA DE MANAUS POR 50 ANOS
Atualizado em 19/03/2014 21h32
Objetivo do regime de
isenção fiscal a empresas é desenvolver região.
Proposta ainda será votada
em segundo turno antes de ir ao Senado.
A Câmara dos Deputados
aprovou em primeiro turno na noite desta quarta-feira (19), por 364 votos a
favor e três contrários, proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga
por 50 anos os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus.
A PEC foi enviada pelo
Executivo ao Congresso em 2011 e tem o objetivo de manter o estímulo ao
desenvolvimento industrial na Amazônia. O texto ainda precisa ser votado em
segundo turno antes de seguir para análise do Senado.
A Zona Franca de Manaus
foi criada em 1967 com a finalidade de criar no interior da Amazônia um centro
industrial, comercial e agropecuário com condições de concorrer com a produção
dos demais estados brasileiros.
Para compensar o fato de a
região ficar afastada dos grandes centros consumidores, as empresas que lá se
instalam têm isenção do imposto de importação e do imposto de exportação e
descontos no ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços).
Pela legislação atual, o
regime diferenciado de tributação valeria somente até 2023. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, e o
governador do Amazonas, Omar Aziz, estiveram na Câmara para pressionar pela
aprovação do texto.
Na justificativa da PEC,
o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
afirma que os incentivos fiscais são necessários para manter o desenvolvimento
econômico da região.
“Prolongar por mais 50
anos o modelo ZFM, oferecerá aos empresários, investidores e interessados, a
segurança jurídica indispensável para que mantenham os seus projetos, aumentem
os seus investimentos, ou venham a iniciar suas atividades na área incentivada
pelo modelo”, disse Mantega. Deputados de
Roraima exigiram, porém, que até a votação do segundo turno da proposta, seja
firmado acordo com o governo para prorrogar a zona de livre comércio que existe
no estado.
“Em Roraima, criou-se uma
área de livre comércio em 1992, mas até agora não temos armazéns. Seremos
‘patrolados’ nessa questão, mesmo porque a OMC [Organização Mundial do
Comércio] está com a faca no pescoço do Brasil por conta das áreas de livre
comércio e serão dados os anéis para salvar a joia que é a Zona Franca”,
criticou o deputado Edio Lopes (PMDB-RR).
Fonte: Nathalia
Passarinho, do G1, em Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário