AÇÃO CIVIL PÚBLICA - MPF QUER SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES NAS USINAS DE JIRAU E SANTO ANTÔNIO
Rio Madeira - cachoeira do Teotônio |
Em conjunto com OAB e Defensorias Públicas,
procuradores solicitaram indenização de R$ 100 milhões e cassação das licenças
O MPF (Ministério Público
Federal) ingressou na Justiça Federal com uma ação civil pública que solicita a
suspensão das atividades nas Usinas Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio,
localizadas no estado de Rondônia. Os procuradores também pretendem que os
consórcios Energia Sustentável do Brasil, (Jirau) e Santo Antônio Energia
(Santo Antônio), atendam imediatamente as necessidades básicas de parte da
população atingida pela enchente do Rio Madeira, enquanto durar a situação de
emergência e até que haja uma decisão definitiva sobre a compensação,
indenização ou realojamento.
A ação civil pública
também foi assinada pelo MP/RO (Ministério Público do Estado de Rondônia)
(MP/RO), pela OAB/RO (Ordem dos Advogados do Brasil em Rondônia), além das
Defensorias Públicas da União e do Estado de Rondônia. Os autores também exigem
que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis)
suspenda as licenças ambientais para as usinas, até que novos estudos sobre os
impactos das barragens sejam feitos.
Os novos diagnósticos
ambientais devem ser supervisionados por vários órgãos públicos, como Iphan, Agência
Nacional de Águas, DNIT, entre outros. Os estudos devem ser acompanhados por
engenheiros, agrônomos, geólogos, sociólogos e outros especialistas indicados
pelas instituições e custeados pelos consórcios.
O MPF exige que todos os
réus compensem o dano moral coletivo, estimado em R$ 100 milhões, a ser
revertido para as vítimas das enchentes e reconstrução de suas casas. Com a
ação, os autores querem também um posicionamento oficial diante dos danos
causados na área de influência das usinas de Santo Antônio e Jirau.
Procurado pelo Última
Instância, o consórcio Energia Sustentável do Brasil afirmou, por meio de sua
assessoria de imprensa, que por respeito aos autores da ação e ao Poder
Judiciário, a empresa se pronunciará sobre o caso apenas nos autos do processo
e por meio de seus advogados. O Consórcio Santo Antônio Energia, por sua vez,
afirmou que não fará nenhuma declaração sobre o caso, pois ainda não foi
notificado oficialmente da ação.
O Ibama também foi
procurado pela reportagem de Última Instância, mas até o fechamento desta
matéria não comentou a ação.
Fonte/Foto: ultimainstancia.uol.com.br/Wilson
Dias
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