PREFEITO DE COARI (AM), PRESO POR PEDOFILIA, DIVIDE CELA E TENTA NOVO HABEAS CORPUS
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Cinco pessoas foram presas por envolvimento em uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes supostamente comandada pelo prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PRP) |
Advogado de defesa avaliou o pedido de prisão como
'absurdo'; prefeito é acusado de abusar de menores com idade entre 14 e 15 anos
O prefeito de Coari (AM),
Adail Pinheiro, preso desde sábado em uma cela coletiva no Batalhão da
Cavalaria da Polícia Militar, em Manaus, afirmou em nota nesta segunda-feira
que seus advogados pretendem entrar com um com novo pedido de habeas corpus. A
defesa classifica a prisão como “absurda”.
O advogado responsável
pelo caso, Alberto Simonetti Neto, afirmou que depende do processo na íntegra
para ingressar com o habeas corpus no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A
previsão é de que os documentos sejam acessados pelo advogado ainda nesta
segunda. O habeas corpus solicitará que Adail responda ao processo em
liberdade. O advogado avaliou a prisão do prefeito como "incabível".
Este será o segundo pedido
de habeas corpus da defesa de Adail. O primeiro, expedido no dia da prisão, no
sábado, referia-se ao direito do prefeito de ser preso em quartel. O primeiro
habeas corpus, porém, foi "desistido", segundo o advogado. "Este
documento foi dado em razão de um pedido que não tinha sido apreciado pelo
desembargador, mas foi desistido", afirmou Simonetti.
Atualmente, o prefeito
divide uma cela coletiva com outros dois presidiários, segundo a Polícia
Militar.
Denúncias contra o
prefeito - Pinheiro é acusado de chefiar uma rede de exploração sexual de
crianças e adolescentes em Coari. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do
Estado do Amazonas na última sexta-feira. O pedido de prisão para o prefeito e
mais cinco pessoas suspeitas de envolvimento no caso foi cumprido na manhã de
sábado.
Segundo a polícia, os
suspeitos foram detidos em casa e não resistirão à prisão. Entre os detidos
estão o secretário de Terras e Habitação, Francisco Orimar Torres de Oliveira,
o chefe de gabinete da prefeitura de Coari, Eduardo Jorge de Oliveira Alves, Anselmo
do Nascimento Santos, que seria motorista do prefeito, o assessor particular
Elias do Nascimento Santos e a funcionária da Secretaria de Cultura do
município, Alzenir Maia Cordeiro. O advogado dos cinco presos, Fabrício
Parente, informou que pedirá cela especial para os três secretários detidos.
Na Justiça do Amazonas, o
prefeito possui três inquéritos policiais em andamento. Todos relacionados a
crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes e favorecimento à
prostituição. Ao todo, 56 processos contra Pinheiro estão ativos.
Justiça Federal - A
ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência República, Maria do
Rosário, solicitará ao Ministério Público Federal que os processos que envolvem
acusações de envolvimento do prefeito de Coari, em casos de pedofilia, sejam
transferidos da Justiça do Amazonas para a Justiça Federal. A transferência visa garantir celeridade ao
processo. Houve denúncias de coação de testemunhas.
O prefeito também é
acusado de usar dinheiro público e até um avião da prefeitura para realizar
festas com menores. O avião, fretado com recursos do fundo municipal de saúde,
deveria ser de uso exclusivo para o transporte de pacientes em estado grave de
Coari para hospitais de Manaus. Pinheiro usava a aeronave para aliciar jovens e
adolescentes, algumas com idade entre 14 e 15 anos, para participarem de
encontros com ele. As meninas eram levadas de cidades no interior para Coari a
bordo da aeronave.
Fonte/Foto:
veja.abril.com.br/Divulgação – Policia Civil
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