COM 16 INSTITUIÇÕES, SANTARÉM É POLO UNIVERSITÁRIO NO OESTE DO PARÁ
43% dos universitários migram de outros
locais fora da cidade.
Investimentos das instituições representam 1,6% do PIB
do município.
Uma pesquisa realizada
pelo Instituto de Gestão e Tecnologia, da Secretaria Municipal de Planejamento
e Desenvolvimento (Semde), contabilizou 16 instituições de ensino superior, com
69 cursos, incluindo os semipresenciais, no município de Santarém, oeste do
Pará. O resultado do estudo aponta a cidade como pólo universitário na região
oeste, sendo o segundo município do Pará, com maior número de universidades,
ficando atrás apenas da capital Belém, e seguida do município de Marabá, que é
a terceira.
Segundo o economista e
diretor do IGT, José de Lima Pereira, um dos fatores que contribuem para isso é
a localização de Santarém. “Aqui nós
temos acesso a todos os lugares, temos quatro modais: rodofluvial, fluvial,
aéreo e rodoviário e agora vamos ter o ferroviário, então isso faz com que se
tenha acesso. A cidade que mais se desenvolveu nos últimos anos foi Santarém”.
Dados da pesquisa mostram
que cerca de 43% dos universitários migraram de outros municípios do Pará e até
de outros estados. Do Pará, a maioria vem dos municípios de Altamira e
Itaituba. Do Brasil, quem mais busca qualificação profissional em Santarém são
estudantes da região centro oeste, especificamente dos estados de Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e Goiás.
A estudante Raíssa
Caroline Barros de 21 anos, cursa o Instituto de Biodiversidades e Floresta
(IBEF) e pretende fazer o curso de farmácia, na Universidade Federal do Oeste
do Pará (UFOPA). Ela veio de Brasnorte, do Mato Grosso, buscar oportunidades
novas fora da cidade onde nasceu. Segundo Raíssa, o fato de o pai morar na
cidade, foi o principal incentivo para começar a vida universitária em
Santarém. “O meu pai mora aqui em Santarém, e por isso, eu achei mais cômodo
estudar aqui. Já trabalho como estagiária na própria universidade há três meses
e se eu conseguir entrar no curso de farmácia, vai ser um sonho realizado”,
contou.
Entre as públicas, a
UFOPA, onde Raíssa estuda, possui o maior campi da cidade. Composta por três
campus; atende um total de 3.772
acadêmicos dos cursos regulares de graduação, sem incluir os alunos do Plano
Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), sendo 2.914 de
Santarém e 634 acadêmicos de outras localidades.
Já a Faculdades Integradas
do Tapajós (FIT), fundada em 1985, é considerada uma das instituições particulares
mais antigas da cidade, segundo Lima. Atualmente atende 2.294 acadêmicos, sendo
857 de outros municípios e estados, oferecendo 13 cursos e com planos de
disponibilizar mais cinco: Farmácia, Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina,
Gestão Ambiental e Segurança no Trabalho.
As outras instituições que
oferecem cursos superiores são: Universidade Federal do Pará (UEPA), Centro
Universitário Luterano de Santarém (Ulbra), Insituto Esperança de Ensino
Superior (Iespes), Universidade Vale do Acaraú (Uva), Faculdade de Educação
Teológica Lógos (Faetel), Estesib, Uninter, Universidade do Sul de Santa
Catarina (UniSul), Universidade Norte do Paraná (Unopar), PUC (somente curso de
teologia), (Insituto Federal do Pará) IFPA, Universidade Paulista (Unip) e
Unisino.
Movimento na economia
Para Lima, essa migração é
boa para o município, uma vez que movimenta a economia local. Segundo ele, os
investimentos em educação superior representam 1,6% do total do produto Interno
Bruto (PIB) do município e refletem em diversos setores, como imobiliário,
alimentício e de serviços.
“Santarém ganha
investimentos. Ano passado nós tivemos investimentos de R$ 33 milhões da
iniciativa privada e também das unidades de ensino superior públicas, então
isso faz com que a cidade ganhe, inclusive aumenta o PIB, porque ele é uma soma
dos consumos das famílias, os investimentos públicos que estão incluídos aí, os
investimentos das universidades públicas, os investimentos privados, mais os
gastos do governo, mais exportações. Automaticamente, temos resultados diretos
no PIB municipal e da região. O PIB da região fechou com 9,6 bilhões de reais”,
ressaltou.
Segundo ele, o setor que
mais ganha é o da construção civil, pois as empresas investem massivamente em
prédios com pequenos apartamentos específicos para estudantes.
Fonte/Foto: Karla Lima – G1 Santarém/STC
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