A GLOBO, ADAIL ... E MAIS!
O prefeito de Coari, Adail
Pinheiro, voltou a ser alvo, pelo terceiro domingo consecutivo, de reportagem
do Fantástico. Foi, outra vez, um massacre. Fora as denúncias de pedofilia,
pelas quais o prefeito deve responder, chama a atenção o interesse exagerado da
Globo num caso localizado e que não é único no País. Então o que movimentaria a
máquina da emissora dos Marinho, além do interesse puramente jornalistico? O caso Adail constrange enormemente o
Tribunal de Justiça do Amazonas, onde o CNJ diz haver fortes indícios de uma
rede de proteção ao prefeito.
E qual o real interesse da
Globo? Constranger o tribunal e com isso
apressar a solução de pendência envolvendo seu principal aliado no Amazonas,
Phelipe Daou, amarrado a dez liminares que impedem que ele assuma a retransmissão
do sinal da CBN em Manaus.
As denúncias de pedofilia
e o caso Adail em si são apenas pretexto. O alvo não é Adail... O que o
Fantástico vem divulgando a imprensa de
Manaus o fez há anos, inclusive com a transcrição das escutas telefônicas entre
o prefeito, seus secretários e supostos aliciadores.
Então, de Fantástico e
exclusivo não tem nada.
Esse tipo de pressão a
Globo sabe exercer muito bem, tendo como fachada um jornalismo que será sempre
o mais sério e o mais imparcial. Até prova em contrário...
ROMANO É SEVERO
O desembargador Rafael
Romano foi juiz da Infância e da
Juventude antes de assumir uma vaga no Pleno do Tribunal de Justiça do
Amazonas. Não consta que durante a sua
carreira tenha absolvido nenhum acusado de ter molestado crianças ou estimulado a prostituição
infanto-juvenil. Por isso são esperados
dias dificeis para os apontados como aliciadores ou envolvidos em sexo com
adolescentes pela Polícia do Amazonas na Operação Estocolmo. O voto de Romano, pela denúncia, aceito
integralmente, pode se repetir no final
do processo, com o pleno votando novamente
com ele. A não ser que surjam novas provas para inocentar um ou outro acusado...
PANORAMA ELEITORAL PARA 2014
O panorama eleitoral de
2014 só será definitivamente desenhado a partir de abril, quando o governador
Omar Aziz anuncia sua desincompatibilização do governo. Nessa hipótese, o vice
José Melo assumirá o comando do estado com um orçamento de R$ 14,8 bilhões para
este ano, 400 obras para tocar, somando
investimentos de quase R$ 6 bilhões. A herança de obras de Melo está 70%
direcionada para os municípios do interior, dentre eles 15 que ganharão novos
portos até dezembro, somando R$ 253,5
milhões. Trata-se de um “pacote político” capaz de fazer sonhar qualquer
candidato ao governo. Ou de tirar o sono dos adversários.
O VICE AGORA É TEMIDO
Quando fala sobre sucessão estadual, o senador
Eduardo Braga procura minimizar as
referências ao vice-governador José Melo, com quem já teve um entrevero no ano
passado por conta da decisão do vice de disputar a reeleição caso assuma o
governo em abril. Numa entrevista domingueira, Braga chegou a ser lacônico:
“Vamos ser mais claros: não tenho problemas em procurar o José Melo”. Ante a
possibilidade de Melo assumir o governo e ganhar uma força política que o
senador conhece muito bem, o pré-candidato do PMDB começa a rever sua posição
de confronto.
Fonte/Foto: portaldoholanda.com.br
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