60% DOS FUNCIONÁRIOS DA CELPA ENTRAM EM GREVE NO OESTE DO PA
Informação foi confirmada pelo diretor do Sindicato de
Urbanitários do PA.
Eles pedem que demissões, já sinalizadas pela empresa,
sejam evitadas.
Cerca de 60% dos
funcionários da Celpa Equatorial no oeste do Pará entraram em greve a partir da
0h deste sábado (1º). A informação foi confirmada pelo diretor regional do
Sindicato de Urbanitários do Estado do Pará, Narciso Sena, em entrevista.
Segundo ele, a principal proposta da greve é fazer com que a empresa mantenha o
quadro de funcionários m seus postos de trabalho.
"A proposta é evitar
que essas demissões, que ocorreram ao longo do tempo e no período em que a
empresa iniciou a sua recuperação judicial, voltem. Eles já deram sinal de que
vão demitir. Pelas últimas reuniões, foi dito que a empresa iria retomar com a
terceirização de mão de obra e isso vai resultar, provavelmente, em mais
demissões", explicou Sena.
A Celpa Equatorial é a
concessionária de energia que atende o estado do Pará. Em 2013, a empresa, que
estava em processo de recuperação judicial, elaborou um plano de demissão
voluntária para contornar a crise. O plano foi elaborado em acordo com o
sindicato e prevê a elevação da jornada diária de trabalho de 7h para 7h30 e a
manutenção de um quadro mínimo de 1.822 trabalhadores.
"Para evitar esse
processo de demissão injustificada, os trabalhadores fizeram esse acordo. A
empresa lançou um projeto de demissão voluntária, onde o funcionário também
trabalharia 30 minutos a mais todos os dias, até para ajudar que a empresa se
recuperasse", ressaltou Sena. De acordo com o diretor, esse acordo tinha
validade até o dia 31 de janeiro. Em nota, a Celpa Equatorial informou que o
acordo tem vigência até março de 2014.
Além disso, a empresa
executa um processo de avaliação dos colaboradores que deve resultar na
substituição de funcionários, a partir de fevereiro. A substituição, segundo a
Celpa Equatorial é feita após duas avaliações negativas. De acordo com Sena,
essa avaliação está sendo feita de modo unilateral e é mais uma característica
que sinaliza as demissões futuras. "A empresa tem que avaliar o
trabalhador, mas pelo nosso entendimento o trabalhador tem que participar, não
pode ficar alheio a esse processo, ele participaria até como modo dele se
corrigir, caso esse trabalhador seja avaliado de forma negativa, mas o
colaborador não teve acesso", informou o diretor do sindicato.
Segundo Narciso Sena, a
greve chegou a ser anunciada em uma reunião com a diretoria da Celpa Equatorial
na sexta-feira (31). "Ontem sentamos com a direção em Belém, mas não se
chegou a um acordo". A empresa informou que a reunião ocorrida na
sexta-feira foi para tratar "única e exclusivamente do Programa de
Participação dos Lucros que a empresa deverá pagar aos funcionários até o final
de março deste ano". A Celpa Equatorial ressaltou que não há motivo para
paralisação das atividades, pois a empresa está cumprindo o acordo em todos os
termos, "inclusive em relação à manutenção dos postos de trabalho".
O Sindicato dos
Urbanitários do Pará deve reunir nesta segunda feira (3) para avaliar o
movimento de greve.
Atendimentos reduzidos
O diretor regional do
Sindicato garantiu que será mantido o quantitativo mínimo de 30% dos
funcionários atuando na linha de transmissão, no setor de distribuição de
energia, nos serviços internos administrativos e na manutenção em redes de alta
tensão. De acordo com Sena, a população não será ser penalizada com a greve porque
90% dos serviços de manutenção urbana são tercerizados.
Ele informou que em
Santarém há cerca de 90 funcionários diretos, contratados. Em todo o oeste do
Pará, há 200 trabalhadores.
Fonte: G1
Santarém
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