CRECHE SEM VAGAS EM ANANINDEUA-PA REVOLTA PAIS

Dezenas de pais e mães amanheceram em frente à Unidade Escolar Infantil Pequenos Ananin, na Cidade Nova 6, em Ananindeua, na tentativa de tentar matricular os filhos na creche municipal. Para este ano letivo, a UEI ofertou apenas 60 vagas para alunos novos, mas até o início da noite de ontem pelo menos 80 pessoas estavam na fila à espera do horário da matrícula. Para piorar a situação, a direção da creche distribuiu ontem à tarde as 60 senhas que deveriam ser entregues apenas hoje. A medida revoltou os que chegaram depois, inclusive aqueles que estão com a Chamada Escolar que indica a vaga para a creche Pequenos Ananin. Houve princípio de tumulto e, enfurecidos, os pais passaram a noite na unidade. Prometem não sair de lá sem matricular suas crianças.

“Esta é a quinta vez que venho para saber sobre o período de matrículas e mandam de volta para casa”, disse Cesar Castilho, um dos pais sem senha.

Indignado, Jeferson Santiago, que mora a 200 metros da creche, apresentava toda a documentação da matrícula. “Estou com a Chamada Escolar desde 25 de novembro. Desde então, venho aqui. Não saio daqui sem a matrícula”.

Por volta das 20h30, quando a reportagem chegou ao local, além do porteiro, não havia nenhum representante – coordenador ou diretor – da UEI Pequenos Ananin. Uma mãe, que não se identificou, fechou o portão para que a equipe não tivesse acesso à creche, onde estavam os pais que tinham senhas. Ela alegou que buscava matrículas para seus dois filhos gêmeos. Os pais ocuparam a área de recreação atrás do prédio das salas de aula. Alguns se alojaram pelos corredores e outros ficaram em frente ao portão.

Por nota, a Secretaria Municipal de Educação confirmou antecipação das senhas sob a justificativa de que muitos pais já estavam à procura de vagas. A Semed disse que os pais que receberam as senhas já estavam abrigados há três dias em frente à creche - fato negado pelos que estavam lá. Segundo eles, os pais chegaram à creche ao longo da tarde de ontem.

Fonte/Foto: Diário do Pará/Marco Santos