COMANDANTE DO EXÉRCITO NA AMAZÔNIA AFIRMA QUE DESCOBERTA DE CORPOS DOS DESAPARECIDOS NA TRANSAMAZÔNICA NÃO PASSA DE BOATO
O general Eduardo
Villas-Bôas, chefe do Comando Militar da Amazônia (CMA), disse ontem (07/01)
que as notícias de que a Polícia Federal (PF) encontrou os corpos dos três
homens que estão desaparecidos na BR-230 (Transamazônica), no Sul do Amazonas,
desde o dia 16 de dezembro, não são
verdadeiros. “Os boatos têm atrapalhado muito. Há algumas coisas que estão
sendo investigadas pelo delegado Alexandre (Alves, da PF-AC), que não podem ser
reveladas, sob pena de atrapalhar a investigação”, disse Villas-Bôas.
O general revelou que fez
várias reuniões, ao chegar, anteontem (06/01), à cidade de Humaitá, procurando
tomar pé da situação e acalmar os ânimos. “O papel do Exército aqui é mais de
apoio, na comunicação e logística, mas nós estamos prontos para ajudar no que
for preciso. Já entramos na reserva (dos índios tenharins) e voltaremos lá
sempre que formos chamados para isso”, disse.
Villas-Bôas, dono de
sólida formação militar e humanista, avaliou a situação em geral no Sul do
Amazonas, área de expansão do agronegócio, que se desenvolveu muito no
Centro-Oeste, especialmente no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo
responsável pelo grosso das exportações brasileiras. “Esta é uma região muito
rica. Temos que trabalhar agora, para diminuir a tensão, mas também tem um
trabalho de longo prazo a ser feito aqui”, analisa.
“Deram terras aos índios e
os esqueceram dentro da reserva. Aí eles encontraram no pedágio uma forma de
ganhar o sustento”, acrescenta. A cobrança de valores entre R$ 10 e R$ 60,
dependendo do veículo, pelos tenharins, num trecho da Transamazônica, é um dos
motivos da revolta que levou 7 mil pessoas às ruas de Humaitá. A turba queimou
os prédios da Fundação Nacional do Índio (Funai), Fundação Nacional de Saúde
(Funasa) e Casa do Índio (Casai), além de veículos e barcos usados no auxílio
aos índios.
Fonte: blogmarcossantos.com.br
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