PARÁ: ANO ELEITORAL, 2014 GUARDA A PROMESSA DE FORTES EMOÇÕES
O paraense que se prepare
para as emoções de 2014. Do jeito que o cenário político vem sendo desenhado, é
provável que tenhamos um processo eleitoral sem precedentes no ano que vem. “As
Eleições Gerais de 2014 serão as mais acirradas dos últimos anos por aqui. O
Estado será rachado, não vai haver espaço para a neutralidade”, prevê o cientista
político Edir Veiga. E ele diz mais: seguindo a tendência nacional, alimentada
principalmente pelas manifestações de junho, que se repetiram por todo o país,
quem está no trono, está sob ameaça e perder o posto.
“Não sei se haverá
surpresas após as convenções dos partidos, que se encerram até junho do ano que
vem, mas espera-se uma eleição bipolarizada com alianças definidas desde o
primeiro turno sendo basicamente um embate entre o PSDB, que está no poder,
contra a composição de PMDB com PT, seguindo a tendência do Governo Federal”,
explica. “Os tucanos serão apoiados pelos outros partidos conservadores
menores, enquanto que os outros dois devem contar com adesão das siglas de
centro-esquerda”, diz.
A insatisfação de grande
parte da população com a ineficiência dos serviços básicos em saúde, educação,
transportes, segurança etc deve aparecer na hora da contabilização dos votos.
Renovação
“O eleitor está avaliando
de forma extremada como esses serviços vêm sendo ofertados, o que significa que
deverá haver um aumento considerável de votos brancos e nulos. As manifestações
criaram uma agenda para um país que está se reafirmando, de modo que quem tem
um cargo de governo hoje, independente de partido, corre grande risco de
perdê-lo no ano que vem. Não interessa se fez obra, ponte, se asfaltou rua, a
população entendeu que governador e presidente é quem tem o poder. Então se a
coisa vai mal, é culpa deles”, analisa Veiga. “Vai ser um embate muito duro
para o Executivo, que está em queda”, afirma.
O cientista político prevê
renovação do parlamento estadual de até 45%, com crescimento da bancada do
PMDB, em função da aliança com um partido que detém cargo majoritário,
estabilidade nas cadeiras tucanas e diminuição de representatividade do PT.
“Partido do governo ou
aliado dele puxa muito voto de legenda para os candidatos, de modo que o PMDB e
o PSDB devem ter muitos votos, enquanto o PT-PA, que perdeu a máquina estadual
e está em quarentena com o Governo Federal, deve ver sua bancada diminuir.
Para Edmilson Rodrigues
não existe a polarização
Único representante da
bancada do PSol na Assembleia Legislativa, o deputado Edmilson Rodrigues diz
que a polarização no cenário eleitoral não é real e adianta que seu partido
deve apresentar uma alternativa ao desenho que se tem até agora, com Simão
Jatene (PSDB), atual governador do Estado, e Helder Barbalho (PMDB) na disputa
pelo cargo majoritário. “Será um embate muito interessante, mesmo com as muitas
divergências ideológicas previstas. De um lado os tucanos, de outro Helder
[Barbalho] com o PT e muitos partidos menores que hoje apoiam o atual
governador, formando uma ‘legenda de aluguel’. Não existe essa dita polarização
política, é só ver a situação de partidos como o PSB, por exemplo, que aqui no
Estado praticamente foi entregue a um secretário especial de Governo que deve
se candidatar ao Senado Federal com o apoio velado de Jatene. Em relação a
2010, essa eleição deverá ser bem mais acirrada”, comenta o parlamentar.
Candidatas
Edmilson revela que o
partido deverá lançar o nome da professora e ex-coordenadora do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará, (Sintepp), Araceli Lemos,
para o posto de governadora e ainda que a vereadora Marinor Brito deve vir
candidata a deputada estadual - a expectativa é de que o nome dela ajude a
puxar um número alto de votos para a legenda e assim aumentar a
representatividade do PSOL na AL.
Fonte/Foto: Diário
do Pará/Bruno Carachesti


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