PAISAGEM DE PRESIDENTE FIGUEIREDO É CENÁRIO DA NOVA NOVELA DA GLOBO, "ALÉM DO HORIZONTE"
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Cachoeira do Santuário, em Presidente Figueiredo (AM), é cercada de mata fechada, típica da floresta úmida amazônica |
Se uma das experiências
mais vibrantes de imersão à natureza é banhar-se nas águas de uma cachoeira,
imagine como é essa sensação em plena Floresta Amazônica. Na cidade de
Presidente Figueiredo, a 130 km de Manaus, um santuário de quedas d’água em
meio à selva, o turista pode ter essa experiência.
Não é à toa que o destino
foi o escolhido para servir de cenário para a novela "Além do
Horizonte", que estreia no dia 4 de novembro no horário das 19h e aposta
no clima de aventura e mistério no estilo da série "Lost". As
primeiras cenas da trama foram gravadas ali e devem inspirar os viajantes
apaixonados por natureza a conhecer seus atrativos.
Com mais de 150 cachoeiras
e dezenas de grutas e cavernas catalogadas, oferece diversos roteiros aos
turistas, desde os mais acessíveis até os voltados aos que curtem desbravar
para valer a mata selvagem.
O circuito principal leva
às cachoeiras de Iracema, Arara, Santuário, Pedra Furada e às grutas Maruaga,
Judeia e Palácio do Galo da Serra. A visita a todas elas é feita por trilhas de
níveis fácil a médio, a partir de propriedades privadas ao longo da AM-240 e da
BR-174.
Para chegar às cachoeiras
da Iracema e da Arara, bem como visitar a gruta Palácio Galo da Serra, o
caminho é pelo hotel Iracema Falls, localizado no km 115 da BR-174. Quem não é
hóspede paga ingresso que dá direito a explorar as trilhas. O acesso mais fácil
e curto é à cachoeira da Iracema. Em poucos minutos numa caminhada sem esforço,
chega-se ao grande lago raso de águas alaranjadas, formado de pedras chapadas.
A cachoeira formada em um largo paredão é uma das mais belas da da cidade. A
temperatura quente da água é convidativa e é fácil chegar nadando, ou mesmo
andando pelas pedras, até o ponto da queda d’água.
Seguindo a trilha adiante
por cerca de 40 minutos, encontra-se a cachoeira da Arara. Aqui, o cenário é
mais selvagem e a mata, fechada. A cachoeira se divide em duas e não forma
lago, a água segue pelas corredeiras. O lugar é ideal para observar e ouvir a
natureza. No mesmo caminho está a gruta Palácio do Galo da Serra, entre outras
menores. As formações rochosas em meio à mata são verdadeiras esculturas
naturais.
Os que buscam sentir que
estão em terreno selvagem devem encarar as trilhas que levam até a cachoeira do
Santuário, da Pedra Furada e a Gruta Maruaga, todas com acesso pela AM-240.
Embora de níveis fácil a médio, a sensação é de estar totalmente dentro da
floresta tropical. Raízes altas, cipós, samambaias, cogumelos, plantas
gigantes, a umidade das folhas caídas no chão e o emaranhado que se forma na
copa das árvores mostram que, sim, você enfim está no meio da Selva Amazônica.
A chegada à cachoeira do
Santuário é deslumbrante. As quedas se dividem em vários platôs em meio à mata
fechada. Já a cachoeira da Pedra Furada tem uma queda curiosa. A água vasa por
buracos que parecem um chuveiro natural. Como aqui se forma um lago raso, a
parada para banho é um convite irrecusável. Já a Gruta da Maruaga tem uma
pequena queda d’água em sua entrada e um pequeno lago que formam um cenário
belíssimo. Lá dentro, há vários salões cheios de morcegos, onde se chega por
trilhas alagadas.
Salto do Ipy é o ponto dos fãs de aventura
Quem chega aqui em busca
de aventura de verdade deve reservar um dia para explorar o Salto do Ipy, que
tem uma queda alta e deslumbrante entre pedras. Para alcançar a cachoeira, é
necessário vencer uma trilha em mata densa. O percurso de ida não leva tanto
tempo, é de cerca de duas horas. Mas é preciso coragem para adentrar a selva.
Uma das maiores recompensas de trilhar esse caminho é chegar a um platô de onde
se enxerga a Floresta Amazônica de cima, a perder de vista. Poucos guias na
cidade realizam este percurso. Tome referências antes no Centro de Atendimento
ao Turista.
Galo da serra é patrimônio de Presidente Figueiredo
Típico da região
Amazônica, o galo da serra é símbolo de Presidente Figueiredo. Mas avistar a
ave de penas alaranjadas e uma crista em forma de leque é um privilégio raro. O
animal só vive em áreas de mata fechada e foge da presença humana.
Após cerca de três anos
tentando se aproximar de um grupo de aves cujo hábitat foi encontrado dentro do
sítio de sua propriedade (Aldeia Mari-Mari), o guia turístico Luiz Humberto,
conhecido como Beto, conseguiu a façanha de ficar a apenas seis metros delas.
Todos os dias ele vai
visitá-las e hoje consegue levar turistas interessados em observá-las num ponto
no meio da mata que intitulou de “arena”, uma área onde os machos brigam pela
fêmea.
Ele leva grupos de no
máximo três pessoas que podem se aproximar até dez metros do santuário
reprodutivo dos galos da serra. Mesmo à distância, o espetáculo é de rara
beleza.
Fonte/Fotos:
Renata Gama - viagem.uol.com.br/Lula Sampaio
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