ONU AFIRMA QUE POVOS INDÍGENAS TÊM DIREITOS VIOLADOS POR ATIVIDADES ECONÔMICAS NO BRASIL
Um estudo entregue às Nações Unidas comprova que povos
indígenas estão com dificuldade de manter seu modo de vida tradicional e ainda
sofrem discriminação no emprego e no acesso a bens e serviços
Os governos e as empresas
precisam atuar mais intensamente para prevenir a violação dos direitos de povos
nativos afetados pelo extrativismo e pelas atividades dos setores
agroindustriais e de energia, disse o presidente do Grupo de Trabalho das
Nações Unidas sobre a Questão dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas, Pavel
Sulyandziga.
No início desta semana,
Sulyandziga entregou à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)
o estudo Direitos Humanos e Corporações Internacionais e Outras Empresas
Comerciais - disponível no site da ONU, em inglês - no qual informa que os povos
indígenas estão com dificuldade de manter seu modo de vida tradicional e ainda
sofrem discriminação no emprego e no acesso a bens e serviços.
Segundo ele, o uso da terra e
o deslocamento forçado são outros desafios enfrentados por esses grupos. “Essas
perturbações muitas vezes levam a graves violações dos direitos civis e
políticos, com defensores dos direitos humanos, particularmente, sendo
colocados em risco. Os povos indígenas também são muitas vezes excluídos de
acordos e processos de tomada de decisões que afetam suas vidas
irrevogavelmente”, explicou.
O relatório do grupo destaca
como os Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos
Humanos podem esclarecer os papéis e as responsabilidades dos governos, das
empresas e dos povos nativos na resolução desses problemas.
“Pedimos aos governos e às
empresas para aumentar seus esforços para implementar os princípios
orientadores. Isso inclui o dever do Estado de proteger os povos indígenas
contra negócios relacionados aos abusos de direitos humanos e a
responsabilidade corporativa de respeitar esses direitos e, onde os abusos
ocorreram, garantir que as pessoas recebam a ajuda necessária para se
recuperar", disse Sulyandziga.
Fonte/Foto:
Agência Brasil/Antonio Cruz
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