MAIORIA DOS SENADORES DO PARÁ APROVA FIM DE VOTO SECRETO
Mário Couto e Flexa Ribeiro defendem transparência nas
votações.
Jader Barbalho não se manifestou.
O senador Flexa Ribeiro (centro) acredita que a PEC 349 atende o anseio da sociedade |
A maioria dos senadores do
Pará deve apoiar a PEC 349/01, que propoe alterações em quatro artigos da
constituição para abolir o voto secreto nas decisões da Câmara dos Deputados,
Congresso e Senado Federal. O projeto,
que vem sendo debatido há 12 anos, foi aprovado por unanimidade na câmara nesta
terça-feira (3) e precisa passar pelo senado para virar lei.
O senador Mário Couto
(PSDB) disse ao G1 que o voto secreto já deveria ter acabado. "É uma
vergonha nacional. Ninguém deveria aceitar isso. Fica aquela interrogação 'será
que votou contra, ou a favor?'", questiona.
Mário Couto diz que o voto secreto favorece articulações políticas |
Segundo Couto, o voto
secreto prejudica os senadores e beneficia articulações políticas, que permitem
situações como o veto da cassação do deputado Natan Donadon (sem partido - RO),
condenado a 13 anos de prisão, no dia 28 de agosto - a sessão foi
posteriormente suspensa pelo STF. "Será que cada deputado pensou daquela
forma? Aquilo deve ter sido articulado por alguém, e a gente tem que mostrar
pra sociedade o que acontece. Essa atitude foi o maior erro da câmara em sua
história. É lamentável o que acontece na política brasileira. Os políticos se
afundam e as pessoas não acreditam mais neles", critica o senador.
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
também diz que é a favor do fim do voto secreto, em todas as situações, mas
acha que a PEC 349 não é a melhor forma de conseguir o voto aberto.
"Votarei a favor. Mas é importante destacar que a proposta não é a que
teria o caminho mais curto para começar a valer. A opção correta seria pela PEC
198/2002, de autoria do senador Álvaro Dias
(PSDB-PR) e que inclusive já foi aprovada aqui no Senado, bastaria a
votação na Câmara e ela seria promulgada. No entanto, em linhas gerais, a PEC
349/01 atende o anseio da sociedade e da nossa defesa de que o Legislativo
precisa de total transparência nas votações", pondera.
O G1 tentou contato com o
senador Jader Barbalho (PMDB), mas ele não se posicionou sobre a PEC 349.
Fonte/Fotos:
G1 PA/Geraldo Magela
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