AM: MUNICÍPIOS E ESTADO JÁ PERDERAM R$ 225 MILHÕES COM VETO PRESIDENCIAL
Entre 2009 e 2012, os 62
municípios do Estado e o Governo do Amazonas já deixaram de arrecadar R$ 79,5
milhões e R$ 145,7 milhões, respectivamente, com as desonerações do Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI) concedidas pela União para estimular a produção
e consumo de bens, mas que acabam por afetar os valores dos fundos de
participação dos Municípios (FPM) e dos Estados (FPE) como prevê o veto
presidencial ao artigo 5º da Nova Lei do Fundo de Participação dos Estados.
Os dados fazem parte do
estudo elaborado pela Associação Amazonense de Municípios (AAM), que no início
da tarde desta terça-feira (20), realiza mobilização de prefeitos junto à
bancada do Estado no Congresso Nacional para apresentar o relatório e
sensibilizar os parlamentares a “derrubarem” a matéria, denominada Veto 25, que
está na pauta da sessão conjunta de deputados e senadores, que começa às 19h,
destinada a apreciação de diversos outros vetos presidenciais.
De acordo com o presidente
da associação, Iran Lima (foto), o tema é de extrema importância para a saúde
financeira dos municípios brasileiros uma vez que o FPM é calculado a partir da
quantidade de habitantes das cidades, tendo como base 23,5% dos recursos
resultantes da soma dos valores arrecadados pela União com o Imposto de Renda e
com o IPI, descontados as restituições e incentivos ficais concedidos pelo
Governo Federal.
“Queremos que o Projeto de
Lei 240/2013, aprovado pelo próprio Congresso, seja sancionado integralmente,
pois o que está acontecendo é que a União, com sua política econômica de
estimular setores da cadeia produtiva e de consumo com a isenção de impostos e
taxas, está utilizando recursos que constitucionalmente pertencem aos outros
entes federados”, explica Lima ao citar o artigo 5º.
“Eventuais desonerações
concedidas pelo Governo Federal incidirão apenas na cota de arrecadação
destinada à União, não sendo consideradas para efeito de repasse o FPE e do
FPM”. Nos últimos três anos e oito meses, todos os estados e municípios do País
acumulam perdas de R$ 11,9 bilhões com o veto.
Também faz parte da pauta
do Congresso nesta terça-feira, a apreciação do Projeto de Lei 7495/2006, que
reajusta o Piso Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate
a Endemias no valor de dois salários mínimos (R$ 1.356) e que caso aprovado,
poderá gerar um impacto de R$ 3,7 bilhões aos cofres municipais do País, uma
vez que atualmente o Governo Federal repassa apenas R$ 950 por mês por agente.
Auxílio
Na mobilização
municipalista convocada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) para a
tarde desta terça-feira, os prefeitos do Amazonas também irão apresentar à
bancada de parlamentares do Estado a necessidade de votação imediata da Medida
Provisória 624, publicada no Diário Oficial da União no último dia 14, que trata
do pagamento do auxílio financeiro de R$ 1,5 bilhão aos municípios, conforme
compromisso assumido pela presidenta Dilma Rousseff em julho, durante a XVI
Marcha a Brasília.
Para serem depositados nas
contas municipais, os valores, referentes à primeira parcela do auxílio
federal, precisam tramitar e serem aprovados nas duas Casas como Projeto de Lei
que oficializa a concessão do benefício inicialmente previsto para chegar aos
municípios no dia 15.
Fonte/Foto:
Press Comunicação/M. Rocha
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