PREFEITURA DE MANAUS RETIRA MAIS DE 4 MIL TONELADAS DE LIXO DOS IGARAPÉS
Nos primeiros seis meses
deste ano, a Prefeitura de Manaus já retirou 4,8 mil toneladas de resíduos
sólidos dos igarapés que cortam a cidade. Segundo o setor de estatísticas da
Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos, foram retirados em média
800 toneladas de resíduos sólidos por mês o que equivale a 26,6 toneladas por
dia. Todo o material encontrado nos igarapés é suficiente para encher
aproximadamente 400 caminhões caçamba, com capacidade para 12 toneladas.
De acordo com o diretor do
Departamento de Limpeza da Semulsp, José Rebouças, essa quantidade só não foi
maior por conta das ações da Comissão Especial de Orientação da Política de
Limpeza Pública, que realizou atividades de conscientização nas áreas próximas
aos igarapés. “As pessoas que vivem próximas aos igarapés são as que menos contribuem
para a poluição dos rios. A maior quantidade dos resíduos sólidos que são
levados para os igarapés pelas chuvas, é jogada nas ruas de Manaus”, explicou.
Segundo Rebouças, a
programação de limpeza da Semulsp inclui atendimento a quatro igarapés por dia.
Porém, na época da cheia os trabalhos ficam concentrados nas áreas onde ocorrem
situações de alagamento das casas, como os igarapés da Glória, São Raimundo,
Mestre Chico, do Franco e do 40. “Quando estamos na cheia, a retirada dos
resíduos se torna mais fácil que na vazante, porém a quantidade é maior”, revela.
Rebouças explicou ainda
que a Semulsp irá intensificar a remoção do lixo dos igarapés enquanto os
leitos permanecem com grande volume de água. “Depois que os igarapés estão no
período da vazante, a retirada do lixo é mais complicada e em alguns lugares,
de difícil acesso, quase impossível”, explicou.
Todo o material que é
retirado dos igarapés de Manaus é encaminhado para o aterro controlado. Esses
resíduos não podem ser reaproveitados porque estão contaminados pelas águas
servidas que são despejadas pelos moradores das áreas alagadas. Os resíduos são
recolhidos por embarcações de pequeno porte (botes nos pontos mais estreitos
dos canais), dragas e por duas balsas que transportam todo o material recolhido
para o porto Trairi, no bairro Santo Antônio onde todo o lixo recolhido é
colocado em caminhões caçambas e transportado para o aterro sanitário.
Conscientização
A colaboração da população
na redução do descarte de resíduos sólidos nas águas dos igarapés é alvo de
várias campanhas educativas e de conscientização, desenvolvidas tanto pela
Semulsp quanto pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
A Semulsp trabalha por
meio da Cedolp, criada sob orientação da Política Nacional de Resíduos Sólidos,
e os integrantes vão de casa em casa nos igarapés conversar com os moradores
para ensiná-los tanto o descarte correto, quanto os danos que o lixo pode
causar. O trabalho é diário.
Essa mesma comissão é
responsável por organizar palestras e aulas em órgãos públicos – principalmente
escolas – hotéis, condomínios, conjuntos habitacionais etc, para demonstrar a
importância da coleta seletiva e reduzir a quantidade de plástico, vidro,
papel/papelão e metal que são jogados no meio ambiente, quando poderiam ser
reaproveitados.
Na maioria dos casos, os
objetos retirados dos igarapés são de difícil decomposição: pneus demoram 600
anos; garrafas plásticas 400 anos; isopor, 80 anos; latas de alumínio não se
decompõem, sacos plásticos e garrafas de vidro não têm tempo determinado.
Fonte/Fotos:
Portal do Holanda
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