PARAENSES SE EMOCIONAM EM ENCONTRO COM O PAPA

O Rio de Janeiro viveu uma tarde histórica na visita do primeiro papa latino-americano a se aproximar de maneira mais intensa com o povo que o aguardava. Para os católicos de Belém, os milhares de sorrisos simultâneos, a energia inexplicável que irradiava de mãos estendidas a um carro que passava certamente rememoraram um pouco do Círio.
“Nós vivemos muitas aventuras até chegar aqui. Foram dois dias num ônibus que passaram rápido porque a gente vinha brincando, mas não deixou de ser cansativo, algo que não chega nem perto do sacrifício que um peregrino faz pra homenagear Nossa Senhora de Nazaré no Círio”, brincou o estudante Álvaro Cezar , que segurava a bandeira do Pará na multidão, a única de um estado do Brasil em meio a de tantas outras nacionalidades. Alegria maior sentiram alguns corajosos que mesmo correndo o risco de ser atropelados estenderam a mão e foram correspondidos pelo papa que se negou a fechar as janelas do carro em que trafegou e que tem feito da simplicidade sua marca.
Porém, em outra multidão, bem menos alegre, se juntaram muitos paraenses. No Sambódromo, um dos locais onde os peregrinos puderam retirar credenciais e o “Quite-peregrino”, com itens como mochila e guia da cidade, as pessoas esperaram até seis horas, sobretudo no período da tarde, quando a maioria dos mais de 15 mil ônibus já haviam chegado. “Eu nunca vi tanta gente assim em toda a minha vida, e nunca esperei tanto numa fila também”, reclamou Alessandra Miranda, responsável por uma comitiva de mais de 60 pessoas, que não conseguiram local que coubesse todos para almoçar num dia antes da abertura da JMJ.

“Eu fui para a última jornada em Madri e por onde a gente passava haviam restaurantes credenciados para receber os tíquetes dos peregrinos, e aqui não está sendo assim. Já na Cúpula dos Povos, ano passado, esse sistema não funcionou no Rio de Janeiro, e nossa esperança era que as coisas se ajeitassem, mas acho que vai ter gente que vai ter que pagar pra almoçar se não quiser passar fome”, comentou Leon Patrick.  
Fonte: Diário do Pará

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