O MARAJÓ PEDE SOCORRO!
É gravíssima a situação em
vários municípios do arquipélago do Marajó. Anajás não tem juiz, promotor nem
delegado. Em Breves, uma criancinha de dois anos foi estuprada e o juiz não viu
problema em manter o agressor na mesma casa junto com a vítima. Em Bagre, há
uma ação civil pública transitada em julgado obrigando o prefeito a fornecer
água potável e outra para fazer valer a lei que proíbe o nepotismo.
Aliás, em Bagre, há um
mês, o bispo do Marajó, Dom José Azcona, em plena audiência pública, disse ao
major Cintra, que comanda a PM local, que há a convicção de todo o povo no
sentido de que os policiais militares recebem dinheiro dos narcotraficantes que
operam na região. Toda a multidão que lotava o ambiente gritou "_É
verdade!". O major calou.
Na cerimônia da Crisma,
uma semana depois, Dom Azcona - que é um guerreiro contra as mazelas que
afligem a população marajoara - disse aos adolescentes que eles estão sendo
dizimados pela PM e pelo narcotráfico, que têm que se defender porque estão
sozinhos.
Não é possível que o
secretário de Segurança se cale e permaneça inerte diante de tamanha tragédia a
se abater sobre o povo marajoara. É preciso que o governador Simão Jatene
assuma pessoalmente as rédeas das ações e urgentemente faça um remanejamento do
destacamento da PM, instale várias unidades do Pro-Paz e leve a presença do
Estado para essa gente abandonada que nem se sente cidadã.
Fonte/Foto: uruatapera.blogspot.com.br/Henriqueta
Cavalcante
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